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Após derrotas no Congresso, Lula diz que participará mais de articulação política

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez hoje um mea-culpa pela ausência em momentos de votação importante no Congresso, durante reunião com os responsáveis pela articulação política do governo. Segundo o Valor apurou, ele disse que estará mais presente nas conversas com os parlamentares no futuro.
Segundo fontes, o presidente se colocou “à disposição” para ajudar a coordenação política em votações cruciais. Um exemplo usado pelo presidente seria conversar com os chamados “ministros de bancada”, que ocupam seus postos por indicação dos partidos no Congresso, como Juscelino Filho (Turismo, do União Brasil), André Fufuca (Esportes, do PP) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos, do Republicanos).
Lula teria dito, no encontro, que poderia ter feito essas conversas na semana passada, a fim de manter seu veto ao fim das chamadas “saidinhas” dos presídios, que acabou derrubado em sessão conjunta do Congresso.
O presidente também se mostrou contrariado com declarações dadas pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), quando defendeu mudanças na Esplanada dizendo que “não está tudo bem”.
Além de Guimarães, participaram do encontro o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e os líderes do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso
No início da reunião, Lula cobrou José Guimarães por ter defendido, em entrevista à “Folha de S.Paulo” na semana passada, mudanças na Esplanada dos Ministérios. Ele disse ainda que “Se estivesse tudo bem [no governo], o Lula estaria com aprovação de 80% no Congresso”.
Procurado, Guimarães negou o mal-estar e disse que a avaliação vem de “intérpretes do pensamento alheio”.
Ontem, Padilha disse ao Valor que as reuniões de coordenação haviam sido interrompidas neste ano por conta da agenda internacional de Lula. E que o encontro de hoje seria uma retomada desses encontros.
Lula afirmou desejar que as reuniões continuem com ou sem ele presente. Ele orientou ainda seus líderes a “negociar” e a “marcar posição” sobre as pautas caras ao governo e ao PT, ainda que tenham poucas chances de prosperar, como era o caso da “saidinha”.
Mais cedo, em entrevista coletiva após a reunião, Padilha afirmou que as derrotas sofridas no governo na semana passada já estavam precificadas.
Outra orientação de Lula foi ampliar o diálogo com os partidos da base e que seus auxiliares cobrem participação nas votações.
Com informações do Valor Econômico  

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