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Mantega diz que foi sondado por governo para conselho da Braskem

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega disse que foi sondado pelo governo para integrar o conselho da Braskem (BRKM5), e que aceitará o cargo se sua nomeação for aprovada pelos acionistas.“Eu fui sondado pela Casa Civil e me coloquei à disposição”, disse em entrevista. “Se acaso os acionistas e a Assembleia decidirem isso, então eu irei para o conselho da Braskem.”A Braskem não quis comentar e a Casa Civil não respondeu imediatamente a pedido de comentário. 04/12/2014
REUTERS/Ueslei MarcelinoO presidente Luiz Inácio Lula da Silva está recorrendo a Mantega, um dos seus aliados mais próximos e conselheiros econômicos, à medida que tenta aumentar sua influência em empresas importantes. No mês passado, ele demitiu o presidente da Petrobras devido a uma disputa sobre o valor dos dividendos e sobre como usar esses recursos. O presidente está sob pressão para aumentar gastos, estimular o crescimento e melhorar seus índices de aprovação.LEIA MAIS: Braskem diz que Justiça de SP mandou empresa ser indenizada por NovonorLula já havia tentado nomear Mantega como presidente da Vale no início do ano, o que gerou críticas tanto no alto escalão da empresa quanto entre os investidores. Membro de 75 anos do Partido dos Trabalhadores, Mantega foi o ministro das Fazenda mais longevo, ficando à frente da pasta tanto nos governos anteriores de Lula como no de Dilma Rousseff.Como chefe da pasta, Mantega apoiou políticas fiscais anticíclicas para fortalecer a economia após a crise financeira global de 2007-2008. Durante sua gestão, o governo também interveio no setor de energia para forçar uma queda das tarifas.Mantega disse que o principal problema econômico do Brasil é a política monetária “irracional” patrocinada pelo presidente do banco central, Roberto Campos Neto. O país precisa de mais investimento para crescer, e as taxas de juros mais elevadas do que o necessário levam a um aumento dos custos de financiamento para as empresas, disse.LEIA MAIS: Como a Petrobras tem pressionado o Mubadala para ter refinaria de Mataripe de voltaAlém disso, a inflação está sob controle, acrescentou Mantega, o que significa que não há razão para o BC diminuir o ritmo da flexibilização monetária.No mês passado, Campos Neto, nomeado para o cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, liderou a maioria dos diretores da autoridade monetária na decisão de cortar a Selic em apenas 0,25 ponto percentual, para 10,5%. Todos os quatro diretores indicados por Lula, porém, eram a favor de um corte maior, de meio ponto percentual.“O governo Bolsonaro continua gerindo a política monetária”, disse Mantega. “Está certo isso? Isso está errado. Eu não sou contra a independência do Banco Central, mas ela tem que ser a partir da indicação do novo governo. Senão você pode ter um conflito entre política fiscal e política monetária, que é o que está acontecendo.”O ex-ministro diz que uma das razões que poderia explicar   

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