Tesouro Direto: entenda a diferença entre os títulos e qual é o melhor para investir agora
Analistas dizem que o Tesouro Selic é o melhor para fazer reserva de emergência
Mudanças na curva de juros puxaram os rendimentos dos títulos do Tesouro Direto
Especialistas explicam ser possível perder rentabilidade na renda fixa com a marcação a mercado e indicam o melhor título do Tesouro Direto para comprar agora
Investir nos títulos do Tesouro Direto pode parecer simples, principalmente pelo fato de o investimento ter risco de crédito praticamente zero, visto que tais ativos de renda fixa são emitidos pela União. No entanto, se o investidor não esperar até o fim do prazo, muita coisa pode acontecer.Leia tambémIsso porque as taxas variam nesse mercado. Só nos últimos meses os títulos do Tesouro Direto atrelados à inflação saíram da casa dos 5,8% em janeiro para a casa dos 6,15% registrados na última terça-feira (4) – veja aqui as expectativas do mercado para os rendimentos. (LINK DA MATÉRIA PRINCIPAL)Martin Iglesias, especialista líder de Investimentos e Alocação de Ativos do Itaú Unibanco (ITUB3; ITUB4), a alta dos rendimentos no Tesouro IPCA acontece após mudanças na curva de juros forçadas pelo patamar mais elevado que o esperado nos juros dos Estados Unidos, que obriga o Banco Central do Brasil a também manter suas taxas lá em cima.PublicidadeConteúdos e análises exclusivas para ajudar você a investir. Faça seu cadastro na Ágora InvestimentosNo início de 2024, o mercado esperava que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) começasse a recuar as taxas em março. Agora, a previsão aponta somente para o quarto trimestre. “Isso aconteceu devido aos dados da economia dos Estados Unidos, que mostraram resiliência. Dessa forma, se os EUA não cortam juros, o Brasil também reduz o ritmo de corte para evitar uma inflação com a alta do dólar”, ressalta Iglesias.Por ser um país em desenvolvimento, o Brasil precisa ter um juro mais atrativo que os EUA para atrair investidores do mercado internacional. Quanto menor a diferença entre o juro brasileiro e o estadunidense, mais o dólar se valoriza ante o real.Justamente para evitar que a diferença diminua e o dólar suba, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) diminuiu o ritmo de corte da Selic para apenas 0,25 ponto porcentual na reunião realizada no dia 8 de maio de 2024, deixando a taxa em 10,50% ao ano.Em janeiro deste ano, o mercado precificava que a taxa básica de juros da economia, a Selic, terminaria o ano em 9%. No entanto, no mais recente Boletim Focus, o mercado passou a precificar a Selic em 10,25% ao ano no fim de 2024. A Selic elevada em um quadro de inflação controlada, por volta de 3,7% em 12 meses, aumenta os ganhos do investidor com o juro real.Os demais títulos do Tesouro também tiveram alta em suas taxas, como os títulos prefixados, que atualmente estão pagando de 11,21% ao ano a até 11,93% ao ano. De modo geral, acompanhar o sobe de desce para saber o melhor momento da marcação a mercado