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Tesouro IPCA + 6% ou IPCA + 7%? Para onde vão os títulos públicos

Prorrogação de corte de juros nos EUA e questões fiscais fazem Tesouro IPCA pagar um juro real maior
Analistas estimam que taxas devem cair à medida que o Fed sinalize o início do corte de juros
Especialistas indicam um título do Tesouro IPCA para comprar agora
O Tesouro IPCA voltou a entregar rentabilidade acima dos 6% ao ano e disparou uma corrida dos investidores pelo ativo. Desde então as taxas se seguraram em patamares elevados – o Tesouro IPCA com vencimento para 2029 chegou a 6,15% ao ano mais a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nesta terça-feira (4), mesmo ganho para títulos com vencimentos longos, em 2035 e 2045.Leia tambémPara Maria Luisa Nepomuceno, analista de renda fixa da Nord Research, a taxa dos títulos atrelados à inflação em patamares historicamente altos – veja aqui mais detalhes – acontece devido a incertezas de quando o banco central americano, o Federal Reserve (Fed), começará a cortar juros na maior economia do mundo. No começo do ano, o mercado precificava que a taxa de juros dos EUA começaria a ser reduzida em março. No entanto, dados da inflação estadunidense e do mercado de trabalho mostraram uma resiliência na economia, o que forçou o Fed a adiar o plano.Atualmente, a maioria do mercado calcula um início de corte de juros americanos em novembro, com 45,2% das apostas para o penúltimo mês do ano e quedas do atual intervalo de 5,5% a 5,25% ao ano para 5,25% a 5% ao ano. Já 39,2% dos analistas estimam que a taxa deve se manter entre 5,25% e 5,5% ao ano no mês de novembro. As informações são da ferramenta CME FedWatch.“Os juros mais elevados nos EUA obrigam o Brasil a oferecer um prêmio mais interessante para atrair investidores. Ou seja, a redução da taxa básica de juros brasileira fica menor e os nossos títulos públicos passam por ajustes no mercado por causa dessas mudanças de expectativas. Essa influência do mercado internacional acaba pesando sobre o País, que passa a pagar juros maiores para financiar sua dívida”, diz Nepomuceno.PublicidadeInvista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora InvestimentosFabrício Silvestre, analista de renda fixa da Levante Corp, comenta que além das questões internacionais o cenário fiscal brasileiro também pesa sobre os preços dos títulos públicos, devido ao aumento da relação dívida líquida sobre o Produto Interno Bruto (PIB). Em abril, o Brasil registrou o maior déficit público de sua história com um rombo de R$ 1,043 trilhão. Cerca de R$ 776,3 bilhões do montante total resultam dos juros da dívida.Em meio a esse rombo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a especulação sobre eventual mudança na meta de inflação fez o mercado reprecificar as expectativas para a alta de preços. Tal especulação se deu após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dizer em audiência pública na Câmara dos Deputados que a  

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