Próximos passos do banco central da Europa dependem dos EUA, diz economista da XP
Conteúdo XPPublicidadeO corte de juros em 0,25pp pelo Banco Central Europeu (BCE) já era amplamente esperado pelo mercado, ainda assim animou as bolsas da Europa, que fecharam em alta nesta quinta (6). Mas há ainda incertezas à frente na zona do euro.Francisco Nobre, economista da XP, que participou nesta sexta-feira (7) do Morning call da XP, ressaltou que o primeiro corte de juros do BCE significa também o primeiro entre as principais autoridades monetárias das economias desenvolvidas, incluindo a do Reino Unido, da própria zona do euro e do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos.Seja um dos primeiros a garantir ingressos para a NFL no Brasil com a XP. Pré-venda exclusiva com Cartão XP, aprovado em 24h!Continua depois da publicidade“Era amplamente esperado. O mercado já tinha precificado e veio bastante em linha com nossas expectativas desde o final do ciclo de aperto monetário em setembro (de 2023). A gente já vinha prevendo que o primeiro corte seria em junho e isso se materializou”, comentou.Apesar de o Banco Central Europeu ter começado o ciclo de flexibilização monetária, para o economista, o tom foi de bastante cautela no anúncio da nova taxa de juros na zona do euro.Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anosContinua depois da publicidadeNobre explica que as estimativas na Europa vêm se mostrando altistas para a inflação, que tinha uma média para o seu índice de 2,3% para 2024 e, agora, foi revisado para 2,5%. Quando se olha núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, também se tem uma revisão altista de 2,6% para 2,8%.“São números acima da meta do Banco Central (Europeu) que é de 2%. Veio também revisão altista para o crescimento econômico. Antes, o BCE previa um crescimento de 0,6% para esse ano e agora prevê 0,9%”, destaca.“Então, têm-se uma perspectiva pior para a inflação e melhor para o crescimento (econômico), passando a mensagem que esse ciclo de flexibilização monetária vai ser gradual, ou seja, não tem necessidade de cortar juros muito rápido”, pontou.Continua depois da publicidadeSegundo o economista, o BCE não sinalizou uma política monetária muito clara à frente depois de divulgar a queda dos juros no continente. Para ele, as próximas decisões do banco da zona do euro vão depender muito de três principais fatores.“O primeiro é a evolução da inflação de serviços, que desde o início do ano tem mostrado certa resiliência acima da esperada”, afirma. “Segundo, o crescimento salarial continua avançando com ritmo forte e pode se traduzir também em uma inflação de serviços mais forte adiante”, acrescentou.O terceiro fator é a decisão do Fed sobre os juros nos EUA, que acaba tendo impacto em todos os bancos centrais no mundo. Continua depois da publicidade“Se o Fed não conseguir cortar a taxa de juros até o final do ano, isso pode imp