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IPCA acelera a 0,46% em maio; inflação em 12 meses avança a 3,93%

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta terça-feira (11) que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,46% em maio de 2024. Logo, o índice de preços ao consumidor amplo superou a taxa de 0,38% observada em abril.
Com o resultado, o Brasil agora tem uma inflação de 3,93% no acumulado em 12 meses ante 3,69% da leitura do mês anterior.
Além disso, o IPCA de maio ficou acima das expectativas do mercado financeiro. No Boletim Focus, o consenso era de alta de 0,40%, o que levaria o índice a 3,87% na soma em um ano.
Conforme o IBGE, a piora da inflação no Brasil foi puxada principalmente pelos preços dos alimentos e bebidas, que subiram 0,62% na comparação com abril.
Nesse sentido, a alta foi influenciada sobretudo pelo encarecimento dos tubérculos, raízes e legumes (6,33%). Com destaque para a batata-inglesa, que disparou 20,61% e teve o maior impacto individual sobre o índice geral.
“Em maio, com a safra das águas na reta final e um início mais devagar da safra das secas, a oferta da batata ficou reduzida”, diz André Almeida, gerente da pesquisa. “Além disso, parte da produção foi afetada pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, que é uma das principais regiões produtoras”, acrescenta.
Adicionalmente, também subiram em maio outros alimentos com grande presença na mesa dos brasileiros. Fora eles: a cebola (7,94%), o leite longa vida (5,36%) e o café moído (3,42%).

Destaques do IPCA de maio de 2024. Foto: Reprodução/IBGE
De acordo com o IBGE, o segundo grupo que mais pressionou o IPCA de maio foi o de habitação (0,67%). Isso com a alta da energia elétrica residencial (0,94%), que foi o terceiro item de maior impacto individual sobre o resultado geral.
Já a variação de saúde e cuidados pessoais (0,69%) foi a maior entre os nove grupos investigados pela pesquisa.
Então, o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços do plano de saúde (0,77%) e dos itens de higiene pessoal (1,04%), com destaque para perfume (2,59%) e produto para pele (2,26%).
“Maio é marcado pelo Dia das Mães, que colaborou para o aumento de preços dos perfumes, artigos de maquiagem e produtos para pele”, comenta André Almeida.
Enquanto isso, no grupo dos transportes (0,44%), a passagem aérea registrou a primeira alta do ano (5,91%) e foi o quarto item individual de maior impacto na inflação do país.
Por último, houve ainda alta nos combustíveis (0,45%), impactada pelo etanol (0,53%), pelo óleo diesel (0,51%) e pela gasolina (0,45%).  

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