Ibovespa hoje abre em alta na semana de decisão de juros; veja os destaques do mercado
O Ibovespa hoje abriu em alta de 0,09%, aos 135.001 pontos nesta segunda-feira (16). A abertura de negócios ocorre de olho em novas projeções do boletim Focus. Na esfera internacional, o foco está nas decisões de juros. Na Super Quarta (18), Brasil e Estados Unidos divulgam suas taxas básicas – confira aqui a agenda da semana.
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A indefinição nos índices de ações no exterior e a valorização do petróleo podem ser insuficientes para seguir impulsionando o principal índice da B3 hoje. No último pregão, na sexta-feira (13), o índice fechou em alta firme, voltando a exibir ganhos no acumulado de 2024 – veja aqui.
Os mercados iniciam a semana fazendo os últimos ajustes para as definições das taxas básicas desta semana. Além do Brasil e dos EUA, também China, Inglaterra e Japão concluem suas reuniões de política monetária esta semana.
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O que traciona o Ibovespa hoje
Boletim Focus
A mediana do boletim Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 subiu pela nona semana consecutiva, de 4,30% para 4,35%, aproximando-se ainda mais do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, estava em 4,22%.
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Depois da forte correção na semana passada, a mediana do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2024 continuou em 11,25% ao ano. Um mês antes, estava em 10,50%. Confira todas as previsões do Focus para a semana nesta matéria.
Juros
Nos EUA, a expectativa é de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) corte juros pela primeira vez desde o início da pandemia de covid-19, em 2020.
As apostas de que o banco central americano reduza a taxa básica em 50 pontos-base na quarta-feira (18) foram ampliadas, segundo a plataforma do CME Group, que monitora o comportamento da curva futura.
Na Inglaterra, o banco central deve pausar o ciclo de relaxamento monetário. Na China, é esperado o anúncio de mais medidas de estímulo após resultados fracos de indicadores divulgados no final de semana, como os dados do varejo, da indústria e do setor imobiliário.
No cenário local, a maioria do mercado ainda aposta em um aumento de 0,25 ponto percentual na Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Bolsas internacionais
O tom é de moderação e indefinição nos mercados nesta segunda-feira de agenda fraca, que ganhará força nos próximos dias, sobretudo por conta das decisões de juros de importantes bancos centrais.
O dólar caiu abaixo da marca de 140 ienes pela primeira vez desde julho de 2023, em meio à expectativa de estreitamento do diferencial de juros entre Estados Unidos e Japão, que decidirá sua taxa na sexta-feira (20), enquanto o ouro atingiu novo recorde histórico.
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Em Nova York, destaque para o avanço das ações da Intel (ITLC34) no pré-mercado, impulsionadas pela expectativa de que a firma receba US$ 3,5 bilhões em subsídios para fabricar chips para os militares dos EUA.
Além disso, as ações da Trump Media & Technology subiam mais de 3% após o FBI tratar um incidente como uma possível tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump, atual candidato republicano à Casa Branca.
Enquanto isso, as Bolsas da Europa operam com viés negativo à espera das decisões de Fed e Banco da Inglaterra.
Commodities
O petróleo avança em torno de 1,00%, mas sofre pressão diante dos novos dados fracos da China, enquanto o país ainda está em feriado, o que representa um risco adicional.
Por causa do fechamento das bolsas chinesas, o minério de ferro não foi negociado. No entanto, na Bolsa de Cingapura, a commodity caiu 1,13%, cotada a US$ 91,75.
Mercado brasileiro
As projeções do Boletim Focus desta segunda-feira podem pressionar o Índice Bovespa hoje para baixo e elevar os juros futuros, mesmo com a queda nos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) nesta manhã.
Apesar do enfraquecimento do dólar no exterior frente a outras moedas, o real pode encontrar dificuldades para se valorizar.
- Veja também os destaques do mercado corporativo hoje nesta matéria
Os ativos brasileiros tendem a ser afetados por novos sinais de descumprimento do arcabouço fiscal. Com a crise climática no Brasil, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de crédito especial fora do arcabouço fiscal para enfrentar a devastação causada pelos incêndios.
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A medida pode aumentar a desconfiança do Ibovespa hoje em relação ao controle das contas públicas, o que poderia exigir uma alta maior da taxa Selic.
*Com informações do Broadcast
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Fonte original
Author: Camilly Rosaboni