Brava Energia (BRAV3): Entenda motivo de as ações desabarem 10% e veja o que fazer
As ações da Brava Energia (BRAV3), fusão entre 3R Petroleum e Enauta, desabam nesta quinta-feira (19) e lideram as baixas do Ibovespa. De acordo com João Abdouni, analisa da Levante, a baixa de hoje acontece após a companhia informar problemas na produção, com uma nova data para retomar a produção no campo de Papa Terra.
Por volta das 12h13min (de Brasília), as ações da Brava Energia (BRAV3) desabavam 10,02%, a R$ 18,76. Mais cedo, a firma comunicou que a expectativa de retorno da produção do campo de Papa Terra foi atualizada para o início de dezembro de 2024.
A firma de petróleo comenta que realizou uma a parada de produção programada iniciada no dia 27 de julho. De acordo com a companhia, a produção foi reiniciada no dia 29 de agosto e estabilizada em 15 mil barris por dia através de seis poços.
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“A pedido da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Companhia interrompeu a produção no dia 04 de setembro para prestar esclarecimentos sobre a quantidade de pessoas a bordo e sobre atividades de manutenção”, diz a firma.
Nesse contexto, a petroleira optou por avançar em itens de inspeção e manutenção que estavam previstos para os próximos meses, mantendo as unidades em parada programada, de modo a maximizar a segurança operacional do ativo.
Vale a pena comprar as ações da Brava Energia?
A Brava Energia é uma fusão entre a 3R Petroleum e Enauta, veja nesta reportagem detalhes sobre a fusão. Para João Abdouni, da Levante, o papel está em um patamar atrativo para o investidor e vale a pena comprar o ativo. “No entanto, é importante frisar que a companhia não é uma das nossas favoritas do setor. Temos preferência por Petrobras (PETR4) e PRIO (PRIO3)”, argumenta o analista.
Já a Ágora Investimentos e o Bradesco BBI comentam que a notícia é negativa, visto que eles esperavam uma retomada mais rápida da operação do Papa-Terra. “Por outro lado, agora a firma emitiu uma expectativa de quando a produção deve ocorrer, o que deve ajudar a ancorar as expectativas”, dizem Vicente Falanga, do Bradesco BBI, e Ricardo França, da Ágora Investimentos em relatório conjunto.
A Ágora Investimentos e o Bradesco BBI possuem recomendação de compra para a Brava Energia (BRAV3) com preço-alvo de R$ 40 para o fim de 2024, uma alta de 91,8% na comparação com o fechamento de quarta-feira (18), quando a ação encerrou o pregão a R$ 20,85.
Fonte original
Author: Bruno Andrade