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Coletiva sobre relatório fiscal, Focus, dados nos EUA, falas do Fed e mais destaques

Coletiva sobre relatório fiscal, Focus, dados nos EUA, falas do Fed e mais destaques

Após as decisões da Super Quarta, na semana passada, o mercado segue com as atenções voltadas à indicações sobre a política monetária nos EUA e no Brasil. O Relatório Focus será divulgado durante a manhã, indicando quais são as expectativas após a decisão que subiu a Selic em 0,25 ponto percentual. Amanhã, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) apresentará mais detalhes sobre a decisão tomada na quarta, 18. Lá fora, membros do Federal Reserve discursarão e cada comentário será acompanhado de perto. Discursos do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, do presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, e do presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, estão previstos para esta segunda.

Para além dos juros, o relatório fiscal bimestral de setembro também será foco de atenção nesta segunda. Representantes da Secretaria de Orçamento Federal, do Tesouro e da Receita Federal estarão presentes em coletiva de imprensa sobre o documento, que foi enviado ao Congresso nesta sexta. De acordo com nota do Planejamento, o relatório bimestral de receitas e despesas apontou uma necessidade de ampliar em 2,1 bilhões de reais o bloqueio de verbas com o objetivo de cumprir o limite de gastos deste ano.

Por outro lado, após uma elevação de receitas, de acordo com nota do Planejamento, serão liberados 3,8 bilhões de reais que estavam contingenciados até o momento para garantir o cumprimento da meta fiscal. A pasta informou que, segundo as projeções da equipe econômica, o governo central fechará 2024 com déficit primário de 28,3 bilhões de reais, 0,4 bilhão de reais de margem em relação ao limite inferior da meta de déficit zero.

O arcabouço fiscal dá uma tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB para mais ou para menos em relação à meta, o que significa que o governo tem uma margem de 28,8 bilhões de reais para que o alvo seja considerado alcançado.

Uma coletiva de imprensa está agendada para ocorrer nesta segunda para tratar do assunto, mas os dados foram divulgados na sexta-feira, último dia do prazo legal para o governo enviar o Relatório de Receitas e Despesas do 4º bimestre ao Congresso Nacional.

Nessa semana, serão conhecidos, ainda, números de inflação, com o IPCA-15, e dados do mercado de trabalho no Brasil, com a pesquisa do Caged e PNAD Contínua.

O que vai mexer com o mercado nesta segunda

Agenda

O ministro Fernando Haddad participa de evento “Global Women in Finance Leaders” em Nova York, às 9h. Mais tarde, o ministro estará em mesa redonda chamada “Investindo na Transformação Verde do Brasil”, no Milken Institute.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, e outros diretores da autarquia se dedicam a atividades fechadas à imprensa e agendas internas, respeitando as regras de Silêncio do Copom (que deve ser mantido até a publicação da Ata da última reunião).

Nos EUA, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda com encontros com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, primeiro-ministro do Haiti, Garry Conille.

Brasil

8h: FGV: IPC-S
8h25: BCB: Relatório Focus
11h: Coletiva de imprensa sobre o relatório bimestral fiscal

15h: Secex: Balança comercial

EUA
9h: Discurso de Bostic

10h30: Janet Yellen, secretária do Tesouro participa de evento

10h45: S&P Global: Índice PMI composto

11h15: Discurso de Austan Goolsbee

14h: Discurso de Neel Kashkari

Mercados Internacionais

Após a recente redução dos juros pelo Fed, a divulgação de dados do Índice de Gerente de Compras (PMI) da indústria e de serviços dos EUA, juntamente com falas de autoridades do Fed, devem guiar as expectativas sobre os próximos passos da política monetária americana.

Já os mercados da Ásia-Pacífico fecharam com alta em sua maioria, enquanto os investidores assimilavam as decisões de juros do Japão e da China, bem como o corte de juros do Fed na semana passada.

STF X Elon Musk

 A plataforma de rede social X nomeou na noite desta sexta-feira a advogada Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição como representante legal da firma no país, em cumprimento a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), depois que a primeira pessoa escolhida pela rede social para ocupar o cargo desistiu do posto.

Os advogados do X no país encaminharam o nome de Conceição em petição enviada ao STF dentro do prazo de 24 horas estipulado na véspera pelo ministro da corte Alexandre de Moraes para que um representante legal da plataforma fosse nomeado.

Novo debate?

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, aceitou um convite da CNN para participar de um debate no dia 23 de outubro e espera que o rival republicano Donald Trump a enfrente novamente menos de duas semanas antes da eleição presidencial de 5 de novembro, informou a campanha da candidata democrata no sábado.

“A vice-presidente Harris está pronta para outra oportunidade de dividir o palco com Donald Trump, e ela aceitou o convite da CNN para um debate em 23 de outubro. Donald Trump não deve ter nenhum problema em concordar com esse debate”, disse Jen O’Malley Dillon, presidente da campanha de Harris, em um comunicado.

 Em resposta, Donald Trump rejeitou outro debate com a vice-presidente Kamala Harris antes da eleição presidencial dos EUA, horas depois que a campanha da candidata democrata disse que ela havia concordado com um confronto. Trump manteve sua posição anterior de que não haveria outro debate antes de os eleitores irem às urnas na eleição de 5 de novembro.

“O problema com outro debate é que é tarde demais. A votação já começou”, disse o ex-presidente dos EUA aos apoiadores em um comício em Wilmington, Carolina do Norte.

Economia

Sem esbarrar em travas

O governo Lula tem aumentado o uso de fundos públicos e privados para turbinar a concessão de crédito barato e elevar os gastos sem esbarrar nas limitações impostas pelo arcabouço fiscal. A prática geralmente é viabilizada por meio da alteração ou aprovação de leis e, portanto, conta com o aval do Congresso.

Dólar

Na semana passada, o dólar à vista disparou frente ao real, quebrando uma sequência de sete sessões de perdas, à medida que investidores reprecificavam os valores de ativos e a curva de juros brasileira em meio à expectativa de um aperto monetário mais agressivo do que o esperado anteriormente no Banco Central. Mesmo com alta de 1,84%¨no dia, a moeda norte-americana caiu 0,83% na semana.

Movimentos recentes do mercado

 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não havia razão objetiva para os recentes movimentos dos mercados na sexta-feira num dia ruim para os ativos brasileiros.

“Não posso avaliar (a reação dos mercados). Eu trabalho com dados objetivos. É difícil trabalhar com dados subjetivos sobre o que levou uma pessoa a tomar uma decisão ou outra. Objetivamente falando, não há razão”, disse Haddad em rápida entrevista a jornalistas em São Paulo após evento promovido pela Universidade de São Paulo.

Menos contenção

 Os ministérios do Planejamento e da Fazenda apontaram na sexta-feira que a contenção total de verbas de ministérios para respeitar regras fiscais será reduzida de 15 bilhões de reais para 13,3 bilhões de reais, com ganhos de arrecadação compensando uma alta de gastos obrigatórios.

O detalhamento dos órgãos atingidos pela contenção de verbas será feito pelo governo até o fim de setembro.

O mercado segue descrente de que o governo cumprirá os objetivos fiscais do ano, estimando um déficit primário de 0,60% do PIB em 2024, segundo o mais recente boletim Focus do Banco Central. As projeções apontam ainda um rombo de 0,75% do PIB em 2025, quando a meta também é de déficit zero.

Política

Ousadia e ambição

Em seu primeiro discurso nesta viagem a Nova York, para a Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Pacto para o Futuro, documento a ser assinado pelos líderes mundiais na cidade norte-americana, aponta uma direção a seguir, mas que falta “ambição e ousadia” para que a entidade consiga cumprir seu papel.

Corporativo

Vale (VALE3)

A Vale informou na noite de sexta-feira, 20, por meio de fato relevante, que o seu conselho de administração aprovou a data de 1º de outubro para início do mandato do próximo presidente, Gustavo Pimenta. Dessa forma, o mandato de Eduardo Bartolomeo será encerrado no próximo dia 30 de setembro.

(Com Reuters, Estadão e Agência Brasil)

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Fonte original
Author: camillebocanegra

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