Últimas Notícias

Por que o negócio envolvendo duas gigantes da tecnologia pode não sair do papel?

Os rumores de uma possível compra da Intel (ITLC34) pela Qualcomm (QCOM34), que parecia ser um dos maiores acordos na história da tecnologia, atraiu olhares atentos do mercado e dos acionistas nos últimos meses. No entanto, embora a possibilidade tenha gerado interesse de muitos, alguns fatores indicam que o acordo provavelmente não sairá do papel.

Como mostramos nesta reportagem, o principal obstáculo para um acordo entre a Intel e a Qualcomm é a questão regulatória. As fusões e aquisições entre grandes players em setores estratégicos costumam enfrentar uma série de obstáculos das autoridades governamentais.

Com o mercado de semicondutores considerado crucial para a segurança nacional, especialmente no contexto de guerra tecnológica entre os Estados Unidos e a China, qualquer acordo do tipo seria submetido a uma rigorosa análise dos órgãos reguladores. A Comissão Federal de Comércio (FTC, ou Federal Trade Commission em inglês) e o Departamento de Justiça (DoJ, ou Department of Justice em inglês), por exemplo, podem considerar o movimento prejudicial para a concorrência e afetar a inovação no setor.

Publicidade

Na última sexta-feira (20), as ações da Intel subiram 3,4% na Nasdaq diante dos rumores sobre uma possível sondagem da Qualcomm. Por outro lado, as ações da firma com sede em San Diego caíram -2,9% à medida que os investidores consideravam os riscos de tal acordo. Hoje (23), as ações da Intel avançaram mais 3,31%, enquanto a Qualcomm renovou mais uma queda, em -1,75%.

Uma das maiores gestoras do mundo está de olho na Intel

Enquanto o acordo com a Qualcomm enfrenta inúmeros desafios, a Intel ainda tem motivos para ter esperança em sua recuperação. A Apollo Global Management parece estar disposta a oferecer um aporte de capital de até US$ 5 bilhões para a fabricante. Os rumores dão conta de que esse seria um voto de confiança de uma das maiores gestoras do mundo no plano de recuperação apresentado pelo CEO da Intel, Pat Gelsinger.

A Apollo já trabalhou com a firma antes, tendo comprado uma participação de US$ 11 bilhões em uma joint venture na Irlanda. No entanto, a gestora está focada em fornecer capital e não em realizar uma aquisição. Para os analistas, esse aporte poderia ser uma alternativa viável para a fabricante de chips continuar sua reestruturação sem se comprometer com a Qualcomm.

Vale lembrar que a Intel perdeu mais de US$ 100 bilhões em valor de mercado em 2023, com as ações caindo mais de 50%. O mau momento é reflexo das dificuldades que a companhia enfrenta para se reinventar e recuperar sua antiga posição de liderança no setor de tecnologia. Nos últimos trimestres, seus balanços monetários têm decepcionado os investidores. Como um esforço para economizar US$ 10 bilhões, firma já anunciou cortes de 15% na força de trabalho.

Fonte original
Author: Janize Colaço

Dinheiro Portal

Somos um portal de notícias e conteúdos sobre Finanças Pessoais e Empresariais. Nosso foco é desmistificar as finanças e elevar o grau de conhecimento do tema em todas as pessoas.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo