Ibovespa na semana: medidas na China impulsionam a Bolsa e metálicas lideram ganhos
O Ibovespa subiu 1,27% na semana, passando de 131.065,44 pontos para 132.730,36 pontos. O período foi marcado por uma agenda movimentada de indicadores econômicos.
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No Brasil, a ata do Copom, junto com o Relatório Trimestral de Inflação, reforçaram o tom mais rígido do comunicado anterior; na direção contrária, o IPCA-15 veio abaixo das previsões do mercado. Lá fora, investidores acompanharam ainda dados mistos sobre a atividade dos Estados Unidos: a confiança do consumidor veio abaixo das expectativas, enquanto o índice de inflação PCE teve resultado melhor do que o esperado.
Mas o verdadeiro impulso do IBOV na semana foi a China. O gigante asiático anunciou um novo pacote de medidas para reaquecer a economia por lá, incluindo um corte na principal taxa de juros do país. As bolsas chinesas tiveram o melhor desempenho semanal da década.
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Por aqui, o índice de ações da B3 foi impulsionado pelo bom desempenho das ações de mineração e siderurgia, que subiram apoiadas na alta do preço do minério. A Vale (VALE3), por exemplo, responsável por 11,3% da carteira do Ibovespa, deu um salto de 11,53% na semana; o 4º melhor desempenho do índice no período.
O Ibovespa caiu 0,38% na segunda (23), 0,43% na quarta (25) e 0,21% nesta sexta-feira (27). Na terça (24) e na quinta-feira (26), teve altas de 1,22% e 1,08%, respectivamente.
O dólar e o euro caíram 1,44% e 1,62% frente ao real na semana. A moeda americana passou de R$ 5,52 para R$ 5,44, enquanto a europeia saiu de R$ 6,16 para R$ 6,06.
As três ações que mais valorizaram na semana foram CSN (CSNA3), Santos Brasil (STBP3) e Azul (AZUL4).
Confira o que influenciou o desempenho dos ativos:
CSN (CSNA3): +19,055, R$ 13,25
O novo upgrade de estímulos econômicos por parte da China revigorou os ganhos do minério de ferro e lançou as ações metálicas para o topo do Ibovespa. A CSN liderou esse movimento, com uma valorização semanal de 19,05%, a R$ 13,25.
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A CSNA3 sobe 11,72% no mês, mas ainda cai 28,95% no ano.
Santos Brasil (STBP3): +16,92%, R$ 14,86
As ações da Santos Brasil disparam 16,92% na semana, cotadas a R$ 14,86, depois que a Opportunity vendeu sua fatia na firma para a CMA CGM, firma global de transporte e logística. O valor global da operação, segundo o fato relevante divulgado pela Santos Brasil, será de cerca de R$ 6,3 bilhões, considerando o valor de R$ 15,30 por ação.
O papel sobe 14,31% no mês e 64,75% no ano.
Azul (AUZL4): +13,12%, R$ 5,95
As ações da Azul continuam variando muito a medida que novas notícias relacionadas à situação financeira da companhia são divulgadas. Nesta semana, o papel subiu 13,12%, a R$ 5,95, precificando a expectativa do mercado sobre a possibilidade de um acordo com 90% dos arrendadores de aeronaves, passo essencial para viabilizar um aumento de capital privado de até US$ 400 milhões até o final de outubro.
A AZUL4 sobe 10,39% em setembro. No ano, cai 62,84%.
As maiores quedas do Ibovespa na semana
As três ações que mais caíram na semana foram Hapvida (HAPV3), B3 (B3SA3) e Yduqs (YDUQ3).
Confira o que influenciou o desempenho dos ativos:
Hapvida (HAPV3): -7,62%, R$ 4,00
As ações da Hapvida lideram as perdas do Ibovespa na semana, com uma queda de 7,62%, a R$ 4,00.
A HAPV3 cai 5,66% no mês e 10,11% no ano.
B3 (B3SA3): -6,78%, R$10,73
As ações da B3 tiveram queda de 6,78%, encerrando a semana cotadas a R$ 10,73.
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Os papéis caem 14,71% no mês e 23,95% em 2024.
Yduqs (YDUQ3): -6,65%, R$ 9,27
As ações da Yduqs sofreram na semana com a notícia de possível aquisição da Vitrus, que confirmou a contratação do Itaú BBA e UBS BB para assessorar potenciais negócios. Com isso, a YDUQ3 caiu 6,65%, cotada a R$ 9,27.
Os papéis caem 5,89% no mês e 57,90% no acumulado do ano.
*Com Estadão Conteúdo
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Fonte original
Author: Luíza Lanza