A 6 dias do primeiro turno das eleições municipais, o prefeito do Rio de Janeiro (RJ), Eduardo Paes (PSD), mantém ampla vantagem sobre seus adversários na disputa pelo Poder Executivo na segunda maior capital do País. É o que mostra pesquisa AtlasIntel divulgada nesta segunda-feira (30).
Segundo o levantamento, realizado entre os dias 24 e 29 de setembro, Paes tem 49% das intenções de voto no cenário estimulado considerando votos totais − mesmo patamar registrado na semana passada.
Na segunda posição aparece o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), com 32,1% − oscilação de 0,1 ponto percentual em relação à edição anterior. Em dezembro de 2023, no entanto, ele tinha apenas 19%, em uma indicação de salto no ano de campanha.
Já o também deputado federal Tarcísio Motta (PSOL) tem 8,1% das intenções de voto − oscilação negativa de 0,9 ponto percentual em comparação com o último levantamento. No fim do ano passado, ele aparecia com 18% das intenções de voto.
Outros candidatos agora somam 7,7% da amostra: Carol Sponza (Novo), com 3%; Cyro Garcia (PSTU), com 1,4%; Marcelo Queiroz (PP) e Rodrigo Amorim (União Brasil) com 1,3% cada; e Juliete Pantoja (UP), com 0,8%. O grupo de eleitores indecisos ou que indicam voto em branco ou nulo, por sua vez, soma 3,1%.
Considerando a margem máxima de erro, estimada em 2 pontos percentuais para cima ou para baixo, a pesquisa AtlasIntel mostra boas chances de Eduardo Paes ser reeleito no primeiro turno, sem necessidade de uma nova votação em 27 de outubro.
Pela regra eleitoral, se um candidato obtém 50% dos votos válidos (ou seja, excluindo abstenções e votos em branco e nulos), ele está eleito.
De acordo com a pesquisa, quando apenas as intenções de voto válidas são contabilizadas, Eduardo Paes conta com o apoio de 50,5% − o que poderia ser algo entre 48,5% e 52,5%, pela margem de erro apontada.
Como é feita a pesquisa AtlasIntel?
A pesquisa AtlasIntel realizou 1.633 entrevistas por meio da tecnologia conhecida como Random Digital Recruitment (RDR), na qual os entrevistados são recrutados organicamente durante a navegação de rotina na web em territórios geolocalizados em qualquer dispositivo (smartphones, tablets, laptops ou PCs).
Esse tipo de pesquisa costuma ser mais acessível em termos de preço comparado a levantamentos face a face ou mesmo por telefone, mas há controvérsia na academia sobre o risco de possível “viés de seleção” dos entrevistados.
Por outro lado, a AtlasIntel argumenta que tal modelo, em comparação com pesquisas presenciais domiciliares ou em pontos de fluxo, “evita o eventual impacto psicológico da interação humana sobre o respondente” e favorece a coleta de respostas mais fidedignas.
Já em comparação com o modelo telefônico, o instituto diz que os levantamentos pela internet permitem “um mapeamento granular de padrões de não resposta, de modo que os vieses decorrentes de taxas variáveis de não resposta possam ser adequadamente tratados durante o processo de construção de cada amostra”.
A pesquisa divulgada nesta quinta-feira sobre a disputa em São Paulo foi feita com recursos próprios do instituto e está registrada na Justiça Eleitoral com o código RJ-00739/2024.
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Author: Marcos Mortari
