Apesar das eleições, mercado mantém atenções ao fiscal e Oriente Médio, diz analista

Após os resultados das eleições municipais deste domingo (6), a expectativa é de que o mercado continue a monitorar assuntos macroeconômicos relevantes nos âmbitos federal e internacional.

“Não muda o cenário com as eleições. O mercado está olhando muito para o fiscal. Tem o conflito no Oriente Médio que está escalando e preocupa. Essas coisas mais macro tendem a afetar um pouco mais a bolsa”, diz Leandro Ross, analista da XP.

Eleição com resultado esperado

Para ele, o resultado das eleições municipais não foi muito fora do que as pesquisas vinham indicando e o mercado já esperava. “A eleição foi bem equilibrada”, ressalta. “Ela não tem potencial para fazer preço no Ibovespa”, complementa.

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Em relação a São Paulo, porém, o economista-chefe da XP alerta para a polarização com a ida de Ricardo Nunes e Guilherme Boulos para o segundo turno

Sobre especificamente a eleição municipal na capital paulista, que terá segundo turno entre o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e o deputado Federal, Guilherme Boulos (PSOL), ele também não vê potencial no curto prazo de mexer com o mercado.

“Não enxergo isso como um drive para formação de preço. O segundo turno será muito equilibrado”, comenta o analista. Ross destacou, no entanto, a esperada polarização na disputa em São Paulo.

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Cenário de correção

Leandro Ross explica que o Ibovespa vem num cenário corretivo, que iniciou quando renovou a máxima histórica em agosto. “Esse cenário corretivo do Ibovespa vem se ajustando muito mais associado à questão fiscal”, ressalta.

“Desde que renovou a máxima histórica, a bolsa entrou num processo de realização de lucros”, afirma. Para o analista da XP, trata-se de um “cenário natural”.

“Está faltando algum drive para a bolsa voltar a subir forte”, diz. “Ainda acho que é um cenário corretivo. Existe um cenário de baixa no curto prazo, que vem corrigindo aquela forte movimentação de alta (do Ibovespa) de agosto”, acrescenta.

Ross explica ainda que dentro do cenário corretivo de ajuste da bolsa brasileira, ainda não há sinais claros de retomada de alta. “Mas a alta tende a ser retomada”, enfatiza.

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