Um ano de guerra: como o conflito Israel-Hamas escalou para uma possível guerra maior
A guerra entre Israel e Hamas completa um ano nesta segunda-feira (7). O conflito, que teve início com um ataque do grupo terrorista no território de Israel, já ultrapassou os limites da Faixa de Gaza e escalou nas últimas semanas com o envolvimento direto de outros participantes: o Irã e o Hezbollah.
Especialistas avaliam que o conflito atingiu um nível mais grave, a ponto de a guerra se expandir, com nações fora da região se envolvendo — como os Estados Unidos, que ameaçaram enviar tropas para apoiar Israel, um apoio maior do que o envio de dinheiro e armas que concedidos até então.
As batalhas, que estavam concentradas em Israel e na Faixa de Gaza, chegaram aos territórios da Cisjordânia e do Líbano nos últimos meses. No último ano, a campanha militar de Israel em Gaza matou quase 42.000 palestinos, segundo o Ministério da Saúde local, e deslocou quase toda a população de 2,3 milhões de pessoas.
O Financial Times resumiu o conflito, que já dura um ano, em 12 momentos-chave recentes para entender a situação atual. Veja a seguir.
Julho de 2024
Negociações de cessar-fogo fracassam: EUA, Catar e Egito se reuniram em 28 de julho com o chefe de espionagem israelense, David Barnea, em Roma, com expectativas de um acordo para garantir um cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza. Contudo, Israel fez novas exigências e as negociações estão travadas desde então.
Israel mata o chefe militar do Hezbollah: Um ataque de Israel ao sul de Beirute, Líbano, resultou na morte do chefe militar do Hezbollah, Fuad Shukr, em 30 de julho. Este foi o primeiro ataque de Israel a um líder do Hezbollah na capital libanesa desde o início do conflito, marcando uma escalada significativa.
Líder político do Hamas é assassinado: Um dia após a morte do líder do Hezbollah, o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi assassinado em um ataque atribuído a Israel na capital iraniana. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, ameaçou uma “punição severa” pelo assassinato, que prejudicou as negociações de cessar-fogo, já que Haniyeh era o principal negociador do Hamas.
Setembro de 2024
Reféns encontrados mortos em Gaza: Israel recuperou os corpos de seis reféns mortos pelo Hamas em Gaza em 1º de setembro, causando indignação em Israel. Milhares de israelenses foram às ruas protestar contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pedindo um acordo de cessar-fogo.
Ataque no Líbano e na Síria: Milhares de pagers de comunicação usados pelo Hezbollah para vigilância detonaram em todo o Líbano. Doze pessoas morreram e mais de 2.000 ficaram feridas em um ataque de sabotagem israelense que atingiu a rede de comunicação do Hezbollah. A ONU condenou o ataque por seu impacto sobre civis.
Ataque a rádios portáteis: Um segundo ataque a rádios portáteis usados pelo Hezbollah ocorreu um dia após os pagers, matando mais 25 pessoas e ferindo outras 600. Os ataques consecutivos à rede de comunicação do Hezbollah chocaram o Líbano e provocaram pânico no país.
Israel bombardeia o Líbano: Em 19 de setembro, Israel declarou o “início de uma nova fase na guerra”, mudando seu foco do Hamas, em Gaza, para o Hezbollah, no Líbano. “O ‘centro de gravidade’ está se movendo para o norte – recursos e forças estão sendo alocados [para esta frente]”, anunciou ao mundo.
Assassinato de Ibrahim Aqil: Um ataque aéreo israelense em Beirute matou o comandante sênior do Hezbollah, Ibrahim Aqil, e outros membros da unidade de elite.
Hezbollah mira Tel Aviv: Em 25 de setembro, o Hezbollah disparou um míssil contra Tel Aviv, capital de Israel, pela primeira vez. Foi um dos ataques mais profundos do grupo desde o início da guerra. O ataque foi interceptado pelas defesas de Israel.
Assassinato de Hassan Nasrallah: Israel iniciou uma onda de ataques em Beirute, matando Hassan Nasrallah, o clérigo que liderou o Hezbollah por mais de três décadas e era um aliado próximo do Irã. Um membro sênior da Guarda Revolucionária de elite do Irã também foi morto.
Outubro de 2024
Israel anuncia ofensiva terrestre no Líbano: Militares de Israel entraram no sul do Líbano e ordenaram a evacuação de quase 30 cidades e vilarejos. O país também convocou mais quatro brigadas de reserva para “missões operacionais” contra o Hezbollah.
Irã lança mísseis contra Israel: O Irã disparou cerca de 180 mísseis balísticos contra Israel, visando instalações militares e de inteligência em Tel Aviv e em todo o país. A maior parte foi interceptada. Teerã afirmou que o ataque foi uma vingança pelo assassinato de Nasrallah e Haniyeh.
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Autor: Monique Lima