IBGE começará a atualizar pesquisa de referência, mas admite que orçamento é curto
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) levará a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2024/2025 a campo no próximo mês, em novembro, mas ainda precisará de aproximadamente R$ 32,5 milhões no orçamento de 2025 para conseguir finalizá-la.
Segundo o IBGE, o orçamento previsto para a realização da POF é de R$ 44 milhões, considerando os gastos de 2024 e 2025. Para 2024, o total previsto era de R$ 11,534 milhões, o que significaria cerca de R$ 32,5 milhões restantes para 2025.
O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, chegou a apontar problemas sobre contingenciamentos e disponibilização financeira de recursos para os preparativos da POF ao longo de 2024, mas informou ao Estadão/Broadcast, em agosto, que a verba necessária para os preparativos deste ano tinha sido obtida.
Na ocasião, Pochmann disse que, caso o orçamento para 2025 não seja integralmente contemplado, a direção pretendia dialogar com parlamentares por emendas que complementassem os recursos previstos.
O IBGE informou nesta terça-feira (8) que demandou no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 o orçamento necessário para que o instituto efetive todo o seu planejamento previsto para 2025, incluindo a POF. O órgão atualmente aguarda aprovação da verba requisitada.
A POF será levada a campo a partir do próximo dia 5 de novembro. A coleta se estenderá por 12 meses. A previsão é que os resultados sejam divulgados em 2026.
“A coleta ocorre durante 12 meses para retratar bem o que acontece na vida do brasileiro, para evitar problemas que você poderia ter se a pesquisa fosse feita só num período do tempo. Será que as despesas de dezembro e janeiro são iguais às dos outros meses? Certamente não”, exemplificou Leonardo Oliveira, gerente da POF no IBGE.
Entre as novidades da nova edição da POF estão questões sobre impactos ambientais no domicílio; satisfação com aspectos pessoais e monetários; discriminação de diversos tipos, como de gênero, orientação sexual, racismo, capacitismo, homofobia e xenofobia, entre outras; gastos das famílias com apostas eletrônicas, como bets; anotações sobre o uso do tempo; e detalhamento do acesso a serviços monetários.
A POF apura informações relacionadas ao orçamento das famílias e à qualidade de vida. A pesquisa levanta os itens que integram a cesta de consumo dos brasileiros. As informações são usadas como referência para a atualização periódica da lista de bens e serviços cujas variações de preços são mensuradas no cálculo da inflação oficial do País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também do IBGE.
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Autor: Estadão Conteúdo