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Brasil tem dificuldade sistemática e histórica de manter orçamento equilibrado, diz ex-Fazenda do RS

Após reunião com os principais banqueiros do país, nesta quarta-feira (16), o governo federal anunciou a criação de um grupo de trabalho no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o chamado “Conselhão”, para buscar entender o cenário de juros elevados no país.

Questionado no WW desta quarta sobre os motivos que mantém a taxa Selic, o juro básico do país, elevada, o economista Aod Cunha, ex-Secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul, afirma que o “diagnóstico já é conhecido”.

Cunha aponta que não é de agora, mas que, “sistematicamente”, os governantes do Brasil têm um histórico de não conseguir manter o orçamento equilibrado.

“Então gasta-se mais do que arrecada, e o Tesouro Nacional tem que fazer mais emissões de dívida”, explica o economista.

O problema ainda é cumulativo, uma vez que, ao ser pressionado a buscar os recursos aportados por investidores, o Tesouro força uma poupança que já é esvaziada no país. Desse modo, ele argumenta que há uma pressão inflacionária constante que tende a forçar os juros elevados uma vez que “a demanda por credito [no país] é maior que a poupança”.

Isso e outros agravantes geram pressões que mantem a taxa neutra – aquela que nem aquece e nem esfria a economia – do país elevada, então quando o Banco Central (BC) tem que subir a taxa de juros para controlar a inflação, ele tem que fazer em “uma dose maior ainda” no Brasil, pontua Cunha.

“Por conta, por exemplo, de créditos direcionados, aqueles que não são afetados pela Selic, são créditos com taxas mais baixas para setor imobiliário, agronegócio, BNDES”, explica o economista.

O ex-secretário da Fazenda do RS avalia que esse não é um prognóstico fácil para o curto prazo, mas ressalta que de imediato o melhor a ser feito para diminuir a pressão fiscal sobre o BC é o corte de gastos.

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) saiu da reunião desta quarta com a avaliação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está avançando na busca pelo equilíbrio fiscal e que vai apoiar seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na agenda de contenção.

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Autor: joaonakamura

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