Com disparada acima de 100% em 2024, Embraer ainda tem fôlego para subir mais?
Enquanto o Ibovespa acumula uma queda de 1% em 2024, ações do índice paulista vão na contramão dessa tendência e acumulam fortes altas, como é o caso da Embraer. Neste ano, os papéis da fabricante de aeronaves já avançaram 115%, com a variação das últimas 52 semanas positiva em 172%.
Recentemente, a Eve, subsidiária integral da Embraer, conseguiu um financiamento de R$ 500 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento do Brasil (BNDES) para desenvolver sua primeira unidade de produção, em Taubaté, São Paulo. O novo financiamento tem prazo de 16 anos, segundo a Eve.
A companhia também segue na estratégia de expansão global. Na terça-feira (15), a Embraer comunicou um investimento de US$ 70 milhões na expansão da rede de serviços de manutenção, reparo e revisão nos Estados Unidos. No Japão, a firma apresentará o seu portfólio para autoridades locais.
A forte movimentação de alta da Embraer, entretanto, pode trazer receio de que a ação volte a cair, em correção. Porém, na visão de analistas do Itaú BBA, não é esse o caso, pois um ambiente competitivo favorável, uma forte demanda e a perspectiva de um resultado no terceiro trimestre favorecem as ações da companhia.
“Na aviação comercial, o guidance para entregas é de 76 aeronaves em 2024, com capacidade potencial de 105”, disse o banco, em relatório, assinado por Daniel Gasparete. “Há espaço significativo para melhorias, assim que projetamos um mero crescimento anual de 3% para receitas, apesar das entregas estimadas de apenas quatro aeronaves em 2024 contra uma capacidade de 18.”
O Itaú BBA tem indicação outperform, equivalente à compra, para os American Depositary Receipts (ADRs) da Embraer, com preço-alvo em US$ 43. Já o BTG Pactual tem recomendação de compra nas ações locais da companhia, com preço-alvo de R$ 55.
O banco de investimentos também acredita que a Embraer tem potencial de crescimento, uma vez que a firma “merece fechar o gap de múltiplos em relação aos seus principais pares globais”. “Isso também é corroborado pelo fato de que os principais negócios da firma estão tendo um desempenho melhor atualmente”, afirmou.
Por outro lado, a XP tem recomendação neutra nos papéis da Embraer, com preço-alvo de R$ 45 nas ações locais e US$ 32 nos ADRs para o final de 2025. A justificativa se dá em relação ao valuation estrutural mais baixo.
“Vemos o atual EV/EBITDA de 2025E de 8,2x já refletindo as fortes expectativas de crescimento de receita e melhorias de rentabilidade nos próximos anos”, estimou a instituição financeira, em relatório divulgado em agosto.
Apesar disso, a XP destacou que vê riscos de alta para a firma. “Observamos que novos pedidos maiores do que o esperado do C-390 e o potencial de valor da Eve permanecem como riscos de alta para nossas estimativas.”
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Autor: patricksantos