O Conselho do Banco Central do Chile (BCCh) cortou nesta quinta-feira (17) a taxa de juros do país em 0,25 ponto percentual. O novo patamar é de 5,25% ao ano.
A instituição chilena trabalha com uma meta de inflação de 3%, que deve ser mantida em um horizonte de dois anos. O BC do Chile reforçou nesta quinta a avaliação que fez em seu informe de política monetária de setembro, no qual apontou que o objetivo deve se consolidar.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) chileno arrefeceu a 4% naquele mês, ficando abaixo das expectativas do órgão, por conta de itens voláteis mais comportados.
A avaliação do conselho é que o cenário avaliado em setembro, se concretizado, deve favorecer a queda de sua Taxa de Política Monetária (TPM) a um patamar neutro.
“Isto ocorrerá num ritmo que levará em conta a evolução do cenário macroeconômico e suas implicações na trajetória da inflação”, afirmou o BCCh em comunicado.
Entre os pontos de atenção destacados na comunicação de sua decisão, o Banco Central do Chile apontou para o início do corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), a desaceleração econômica na China e a intensificação do conflito no Oriente Médio.
Face a esses elementos, o comunicado aponta que alguns mercados relevantes do mundo reagiram com aumentos das taxas de juro de longo prazo, enquanto o dólar se valorizou ante a maioria das moedas.
“O mercado monetário local vem se adaptando às tendências internacionais. Assim, as taxas de juro de longo prazo subiram após alguns meses de declínio sustentado e o peso desvalorizou-se. Os cortes da TPM continuaram a ser transmitidos às taxas de juro dos empréstimos bancários ao consumidor e comerciais”, aponta o BBCh.
“O crédito bancário continua fraco, especialmente a sua componente comercial. O Inquérito ao Crédito Bancário relativo ao terceiro trimestre revela condições de oferta algo mais flexíveis em diversas categorias de crédito e uma procura que permanece limitada”, conclui.
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Autor: joaonakamura
