Enel é a “mãe” e Nunes é o “pai do apagão” em São Paulo, diz Boulos em sabatina
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo (SP), aproveitou a sabatina desta quinta-feira (17) promovida por Folha de S.Paulo, UOL e RedeTV! para criticar novamente a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) pela forma como vem lidando com o “apagão” de energia na capital paulista.
Para Boulos, Nunes – que não compareceu ao evento, que seria um debate e virou uma entrevista com o candidato do PSOL – é um dos grandes responsáveis pelo “apagão”.
“Esse apagão tem uma mãe e um pai: a mãe é a Enel, uma firma horrorosa que presta um péssimo serviço e é uma excelente resposta para aqueles que acreditam que privatização é a solução para todos os problemas”, afirmou Boulos.
“E o pai é o Ricardo Nunes, um prefeito que ficou três anos e meio no cargo e não fez o básico, que é podar e fazer manejo de árvore”, completou o candidato do PSOL.
Boulos descartou o fim da “crise de apagões” em São Paulo e observou que isso só terminará quando a Enel for afastada e Nunes deixar o cargo.
Árvores
O deputado mencionou um documento no qual a prefeitura de São Paulo teria assumido a responsabilidade pela retirada das árvores “podres” da cidade.
De acordo com o candidato, o documento assinado pela prefeitura de São Paulo e pela Enel torna a administração municipal responsável “integral” pela retirada das árvores. Segundo Boulos, até então essa responsabilidade era compartilhada com a Enel.
“A responsabilidade de poda continua compartilhada, mas a responsabilidade de remoção de árvores podres, desde junho, é exclusiva da prefeitura por esse acordo feito”, concluiu Boulos.
“Em relação à poda de árvores, fui estudar soluções internacionais que usam sistemas de poda e manejo arbóreo muito mais avançados que São Paulo, como, por exemplo, monitoramento da saúde das árvores via satélite e por ‘chipagem’ de árvore, que São Paulo, praticamente, não usa”, explicou Boulos.
“Vamos trazer inovação e tecnologia que já existe em várias cidades do mundo para garantir que o serviço de poda seja zerado na cidade de São Paulo. Fila zero”, prometeu o candidato do PSOL.
Por outro lado, Boulos admitiu que fazer o aterramento de fios em toda a cidade, de uma só vez, é uma missão praticamente impossível.
“A solução mais fácil e covarde foi a que Nunes propôs no apagão passado, defendendo que a população pagasse um imposto, uma taxa, para aterramento de fios”, criticou.
“O que é necessário fazer? Mapear, nos últimos apagões, quais as partes da rede elétrica que tiveram interrupções mais frequentes. Essas partes você tem que priorizar no aterramento de fios.”
(Com Estadão Conteúdo)
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Autor: Fábio Matos