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Nvidia na máxima: O que dizem os analistas que enxergam exagero nos preços de ações de IA

As ações da Nvidia (NVDC34), firma que produz chips e semicondutores para Inteligência Artificial (IA), subiram 3% na manhã desta quinta-feira (17) e atingiram uma nova máxima histórica. A valorização foi puxada principalmente por resultados do setor de semicondutores, fornecedores da Nvidia.

Ao mesmo tempo, há o time de especialistas, cada vez mais barulhento, que alerta para que as ações da IA podem estar gerando uma bolha.

Um dos três vencedores do Nobel de Economia deste ano, Daron Acemoglu, afirmou à Bloomberg que há pouca chance da IA, de fato, substituir ou auxiliar mais do que 5% dos empregos atuais na próxima década. “Muito dinheiro será desperdiçado. Você não vai conseguir uma revolução econômica desses 5%”, afirmou.

Ainda assim, as firmas de tecnologia continuam a investir bilhões na ferramenta para impulsionar a tecnologia.

As ações da Nvidia são negociadas a R$ 16,46 na Bolsa de Valores do Brasil, a B3, segundo a cotação da tarde desta quinta-feira. A companhia é avaliada em US$ 3,42 trilhões, o que já se aproxima da líder no ranking de tecnologia, a Apple, com valorização de US$ 3,53 trilhões.

A IA já existe há 50 anos no mercado na forma de algoritmos, mas nos dois últimos anos ela deu um salto ao incorporar a sua versão generativa, com produção de vídeo, imagem, voz e texto. Isso levou uma busca desenfreada de firmas que querem se modernizar, seguindo a onda tecnológica.

Um artigo escrito pelo chefe de ações do Goldman Sachs, Jim Covello, agitou o mercado monetário em Wall Street, nos EUA, há cerca de duas semanas. Ele afirmou que a IA generativa comete vários erros e questionou se a ferramenta seria realmente capaz de resolver problemas complexos com fidelidade. Com isso, ele se tornou uma das vozes mais céticas sobre a IA, o que marcou uma virada nas ações que envolvem IA.

A cesta de ações de IA do Goldman caiu 7% em relação ao pico registrado em julho, conforme o New York Times. Esse grupo inclui a Nvidia, Microsoft, Apple, Alphabet, Amazon, Meta e Oracle. Diante desse cenário, empresários e investidores discutem se a IA pode dar retornos significativos que justifiquem os custos investidos até agora.

Três caminhos para a IA

Acemoglu destaca três caminhos para a IA nos próximos anos. No primeiro caso, ele diz que o entusiasmo deve arrefecer de forma lenta e gradual, assim como os investimentos.

No segundo, ele pontua que haverá uma queda nas ações de tecnologia após um frenesi, que se acumula por um ano ou mais, o que, segundo ele, seria chamado de “Primavera da IA seguida de inverno da IA”.

Por fim, ele finaliza que as firmas podem cortar dezenas de empregos e injetar bilhões de dólares em IA “sem entender o que farão com isso”, para, em seguida, recontratar os trabalhadores após a ferramenta não apresentar resultados tão positivos.

Efeito IA

O efeito IA tem sido sentido em firmas de componentes (caso da Nvidia), servidores, memória e segurança da informação — e até em companhias de geração de energia. É o que afirma Luis Moura, da Mar Asset, em relatório.

“Quando as maiores firmas de tecnologia do mundo, que controlam um capex conjunto que deve atingir $200 bilhões de dólares em 2025, resolvem simultaneamente comprar componentes de um único fornecedor [Nvidia], o balanceamento entre oferta e demanda muda drasticamente. Mais ainda quando o acesso a esses componentes é visto como essencial para o futuro dessas firmas”, fala.

É nesse cenário que Moura observa um grande risco para o mercado no horizonte. “É essa combinação de um ciclo de produto acelerado e focado em poucas firmas – com o market cap global dominado pelas grandes firmas de tecnologia — em um mercado onde o volume diário não é mais dominado por decisões fundamentalistas, mas sim quantitativas ou impulsionadas por incentivos de aceleração ou desaceleração de alavancagem e tomada de risco”, explica, no documento.

firmas de tecnologia, como Apple, Google e Meta, são, hoje, extremamente lucrativas, tendo posições de caixas confortáveis, que as permitem pagar mais caro em um produto pouco disponível — os hardwares utilizados no processamento da inteligência artificial. A questão, para os três, é quanto retorno esse investimento terá.

Moura ainda ressalta que hoje fundos têm trilhões de dólares de liquidez controlados por sistemas ou gestores muitas vezes “desalinhados ou inexperientes”, extremamente sensíveis a qualquer pequena variação de preço, e cujos portfólios são alavancados ou baseados em algoritmos automatizados de momento, que seguem toda a movimentação. Se a IA decepcionar, um problema pode ser criado.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Nvidia na máxima: O que dizem os analistas que enxergam exagero nos preços de ações de IA no site CNN Brasil.

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Autor: patricksantos

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