Mercado financeiro hoje: acordo da Vale (VALE3) em Mariana, início dos balanços no Brasil e mais 3 assuntos para ficar ligado nesta segunda-feira
A agenda econômica desta semana concentra atenções no balanço da Vale (VALE3) e no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação. No exterior, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulga o Livro Bege (relatório sobre as atuais condições econômicas nos EUA), enquanto mais balanços são esperados. Nesta segunda-feira (21), investidores acompanham o boletim Focus e discursos de três dirigentes regionais do Fed no mercado monetário hoje.
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Ainda na agenda econômica de hoje, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, participa do evento “Annual Trip Brazil-Chile” e o BC faz reunião trimestral com economistas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, viajam para Washington para as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
Nos próximos dias, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) define bandeira tarifária de energia elétrica de novembro e o Tesouro divulga o relatório mensal da dívida de setembro.
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No mercado internacional hoje, são esperados discursos dos presidentes regionais do Fed Lorie Logan (Dallas), Neel Kashkari (Minneapolis) e Jeffrey Schmid (Kansas City).
Ao longo da semana, acontecem discursos dos presidentes do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, e do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. O Livro Bege sai na quarta-feira (23), mesmo dia em que será realizada a Cúpula dos Brics (sigla que representa o bloco de países formados por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) na Rússia. Veja aqui o calendário econômico da semana.
Confira os 5 principais assuntos do mercado monetário hoje
Bolsas internacionais
Os mercados internacionais repercutem o corte de juros na China, enquanto aguardam por discursos de vários dirigentes do Fed. O Banco do Povo da China (PBoC, o banco central do país) cortou as principais taxas de juros em 25 pontos-base.
Para a Capital Economics, mais flexibilização monetária virá adiante, mas “uma reviravolta significativa no crescimento econômico exigiria uma resposta fiscal maior”.
As bolsas europeias operam em baixa, assim como os futuros de Nova York, em semana de vários balanços corporativos.
Nas próximas horas, o gigante de software alemão SAP, que responde por cerca de 15% na Bolsa de Frankfurt, divulga resultados.
Balanços
A temporada de balanços do terceiro trimestre se inicia nos mercados nacionais. Na quinta-feira (24), são esperados os resultados da Multiplan (MULT3), Suzano (SUZB3) e Vale. Na sexta-feira (25), é a vez dos números da Usiminas (USIM5).
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No exterior, serão acompanhados os resultados da General Motors (GMCO34), 3M Company (MMMC34) e Verizon (VERZ34) na terça-feira (22); Deutsche Bank (DBK), Lloyds, Boeing (BOEI34), Tesla (TSLA34) na quarta-feira (23); Barclays e American Airlines (AALL34) na quinta-feira (24).
Vale (VALE3)
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou, no sábado (19), detalhes do acordo para compensação da Vale pela tragédia em Mariana (MG) e disse que se encaminha para ser fechado neste mês.
Negociado entre as autoridades públicas e as mineradoras Samarco, dona da barragem de Fundão, e suas controladoras, Vale e a anglo-australiana BHP, o acordo vai prever R$ 167 bilhões, dos quais R$ 100 bilhões são em valores novos. Saiba mais nesta matéria.
Commodities
Além de China, o mercado da commodity segue atento aos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio envolvendo Israel e outros países, em especial a escalada da ofensiva no Líbano.
Nesta manhã, o petróleo sobe mais de 1%, após cair ao redor de 8% na semana passada. Enquanto isso, o minério de ferro fechou em alta de 1,45% em meio ao acordo sobre Mariana.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de firmas não americanas) da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,56% no pré-mercado de Nova York por volta das 8h20. Os da Vale também registrava ganhos, em torno de 0,38%.
Mercado brasileiro
A falta de tração no exterior pode comprometer o apetite ao risco no Brasil, já afetado pela piora da percepção fiscal, que levou o dólar a superar R$ 5,70 na última sexta-feira (18), no intraday, sendo a divisa com pior desempenho ante pares.
Especialistas apontam que, sem a desconfiança fiscal e fatores externos, o dólar estaria em torno de R$ 5,10, alinhado à tendência de outras moedas emergentes. O ETF brasileiro EWZ recua no pré-mercado de Nova York.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o programa Acredita será o último de seu governo, que agora focará nos resultados das políticas públicas e a expectativa de sua administração é de crescimento acima de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 e deve refletir no mercado monetário hoje.
* Com informações do Broadcast
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo