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Boletim Focus: inflação acima da meta e Selic em alta; veja as apostas do mercado

A mediana do boletim Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 subiu pela quarta semana seguida, de 4,50% para 4,55%, superando o teto da meta de inflação (4,50%). Um mês antes, a taxa estava em 4,37%. Considerando apenas as 57 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a previsão passou de 4,54% para 4,55%.

Se a estimativa intermediária do Focus se concretizar, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, vai terminar a sua gestão escrevendo a terceira carta aberta para explicar o descumprimento da meta. O mandato do banqueiro central vai até 31 de dezembro.

A partir de 2025, Campos Neto será substituído na presidência da instituição pelo diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, indicado ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e já aprovado pelo Senado.

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No Focus, a mediana do mercado para a inflação de 2025 oscilou de 3,99% para 4,0%, mais próxima do teto, de 4,50%, do que do centro da meta, de 3%. A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses.

Se o indicador ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o Banco Central terá descumprido o alvo. Considerando as 56 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para o IPCA de 2025 se manteve em 4,0%.

As medianas para os horizontes mais longos permaneceram descoladas da meta, em 3,60% para 2026 e 3,50% para 2027.

O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o primeiro trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária e estima inflação de 3,50% nos quatro trimestres encerrados nesse período, no cenário com a taxa Selic do Focus e dólar começando em R$ 5,60 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC).

Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2024 em 4,30% e desacelere a 3,70% em 2025.

Previsões do Focus para Selic

A mediana do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2024 se manteve em 11,75% pela quarta semana consecutiva, consolidando a avaliação do mercado de que o Copom aumentará os juros em 0,5 ponto porcentual nas duas próximas decisões, de 6 de novembro e 11 de dezembro.

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Considerando apenas as 46 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis pelo documento do BC, a estimativa intermediária para a Selic também se manteve em 11,75%. Na sua última decisão, de 18 de setembro, o Copom aumentou os juros em 0,25 ponto porcentual, de 10,50% para 10,75%.

A estimativa intermediária para os juros no fim de 2025 permaneceu em 11,25%, após duas semanas de alta, ainda indicando que a visão do mercado é de que o BC terá pouco espaço para reduzir as taxas no ano que vem, em meio às pressões inflacionárias e à desancoragem das expectativas de IPCA.

Levando em conta apenas as 45 expectativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana de Selic no fim de 2025 também continuou em 11,25%. A mediana para os juros no fim de 2026 ficou inalterada em 9,50%, como está há nove semanas. A projeção do boletim Focus para o fim de 2027 seguiu em 9,0%, estável há 23 semanas.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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