CEO da Azul (AZUL4) avalia plano de recuperação da empresa; veja o que ele diz
O CEO da Azul (AZUL4), John Rodgerson, diz que o plano de recuperação anunciado nesta segunda-feira (28) foi o primeiro passo para permitir que a companhia deixe de postergar os problemas monetários. Ao Broadcast, o CEO afirma que os acordos com credores já possibilitam alcançar a redução de US$ 100 milhões anuais em dívidas, o que permitirá resultados positivos para converter a dívida em equity.
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“O plano mostra o apoio que temos dos nossos credores e parceiros. Muita gente achava que era impossível fazer o que nós fizemos”, diz Rodgerson. Segundo o CEO, os diálogos com firmas como Airbus e AerCap foram guiados pela apresentação de dois caminhos possíveis, tendo prevalecido o que demanda desses credores a confiança na recuperação.
O plano de recuperação, diz, fortalece a Azul na mesa de negociações sobre uma possível fusão com a Gol (GOLL4). “Nós estamos confortáveis sozinhos. Isso não quer dizer que a gente não queira fazer alguma coisa. Acho que fortalece. Ainda tem conversa em curso com eles, inclusive nesta semana”, afirma sobre as reuniões que devem ocorrer durante evento da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), que está sendo realizado em Nassau, capital das Bahamas.
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Com os acordos com credores e captação de recursos, a ajuda do governo federal via linhas de crédito, uma frente que era vista como prioritária, agora se tornou “menos emergencial” “Agora que eu captei dinheiro de outro lugar, não é necessário que entre este ano”, diz. A expectativa é de que os recursos via Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) estejam disponíveis no primeiro semestre de 2025. O plano da Azul, informa o CEO, é usar o dinheiro para recuperar dez aeronaves atualmente paradas.
Outra frente prioritária segue sendo a busca por redução do preço do querosene de aviação (QAV) do País. Rodgerson informa que os presidentes das companhias serão recebidos pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard, no início de dezembro, quando devem voltar a pleitear mudanças na política de preços. “Ganhos com o QAV representam pouco mais de 2% da Petrobras, que vende pelo maior valor do mundo”, afirma.
*O repórter viaja a convite da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta)
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Autor: Estadão Conteúdo