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Ibovespa hoje: Santander (SANB11) cai mais de 5%, enquanto Minerva (BEEF3) lidera ganhos

O Ibovespa hoje sofreu na sessão, em dia de retomada da pressão do câmbio. O índice perdeu novamente a linha de 131 mil pontos nesta terça-feira (29), finalizando o pregão em queda de 0,37%, aos 130.729,93 pontos, depois de oscilar entre máxima a 131.764,70 pontos e mínima a 130.693,36 pontos. O giro monetário foi de R$ 17,2 bilhões.

Com os investidores ainda no aguardo da definição do governo sobre cortes de gastos, tanto o dólar como a curva de juros doméstica se mantiveram em alta. A moeda americana terminou o dia em valorização de 0,92% a R$ 5,7616, o maior nível desde 30 de março de 2021, diante das expectativas de eleição do candidato republicano Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, que tendem a pressionar moedas de países emergentes.

Na agenda doméstica, o o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta tarde que voltará a se reunir na quarta-feira (30) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas acrescentou não haver data definida para que o pacote de ajuste de gastos seja anunciado pelo governo federal.

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Na B3, as ações da Vale (VALE3), de maior peso para o índice, fecharam em queda de 0,35%, após terem começado o dia no campo positivo. O pregão foi misto para o minério de ferro. O contrato mais negociado da commodity no mercado futuro da Bolsa chinesa de Dalian, para janeiro de 2025, encerrou em baixa de 0,77%, cotado a 777,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 109,11. Já em Cingapura, subiu 0,73%.

Os papéis da Petrobras (PETR3;PETR4), também de grande peso para o Ibovespa, foram outros que tiveram um dia ruim: enquanto os ordinários (PETR3) cederam 0,25%, os preferenciais (PETR4) caíram 0,22%, acompanhando o desempenho dos contratos futuros de petróleo no exterior, que fecharam em baixa, após relatos de que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, faria uma reunião para debater um possível fim da guerra no Líbano.

Em Nova York, os principais índices acionários finalizaram o dia sem direção única: Nasdaq subiu 0,78% e renovou o recorde histórico de encerramento, enquanto S&P 500 avançou 0,16% e Dow Jones cedeu 0,36%. Investidores se preparam para uma maratona de divulgação de balanços pelas big techs. Meta (META) e Microsoft (MSFT) publicam seus resultados na quarta-feira (30) e Apple (AAPL) na quinta-feira (31).

As maiores altas do Ibovespa hoje

As três ações que mais valorizaram no dia foram Minerva (BEEF3), Marfrig (MRFG3) e Embraer (EMBR3).

Minerva (BEEF3): 3,02%, R$ 5,79

As ações da Minerva (BEEF3) registraram a maior alta do Ibovespa hoje, finalizando a sessão em valorização de 3,02% a R$ 5,79, ainda apoiadas na notícia de conclusão da compra dos ativos da Marfrig (MRFG3) na América do Sul por cerca de R$ 5,68 bilhões.

A BEEF3 está em baixa de 8,68% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 22,49%.

Marfrig (MRFG3): 2,98%, R$ 15,2

Os papéis da Marfrig (MRFG3) também se saíram bem e encerraram o pregão em valorização de 2,98% a R$ 15,2. Os ativos foram impulsionadas pela notícia envolvendo a Minerva (BEEF3).

A MRFG3 está em alta de 11,44% no mês. No ano, acumula uma valorização de 56,7%.

Embraer (EMBR3): 2,41%, R$ 50,12

Outro destaque positivo da sessão foi a Embraer (EMBR3), que subiu 2,41% a R$ 50,12. “O avanço nas ações da firma segue em parte pela confirmação do contrato com a República Tcheca para a compra de duas aeronaves C390, que, embora já fosse esperada pelo mercado, reforça a confiança no portfólio de defesa da companhia”, afirma Lucas Almeida, especialista em mercado de capitais e sócio da AVG Capital.

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A EMBR3 está em alta de 4,48% no mês. No ano, acumula uma valorização de 123,85%.

As maiores quedas do Ibovespa hoje

As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Santander (SANB11), Tim (TIMS3) e Azul (AZUL4).

Santander (SANB11): -5,13%, R$ 27,39

Os papéis do Santander registraram a pior queda do Ibovespa hoje, finalizando a sessão com perdas de 5,13% a R$ 27,39. A firma abriu nesta terça-feira a temporada de balanços do setor monetário e, mesmo com os resultados em linha com as estimativas, suas ações passaram por forte realização, que contaminou igualmente os pares.

A SANB11 está em baixa de 2,35% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 11,04%.

Tim (TIMS3): -4,94%, R$ 16,34

Outro destaque negativo foi a Tim (TIMS3), que recuou 4,94% a R$ 16,34, refletindo desconforto com a nova operadora do Nubank, Nucel, lançada hoje. “O Nubank tem muita credibilidade, revolucionou o serviço bancário. O mercado pode estar dando o benefício da dúvida de que o grupo seja capaz de ter o mesmo desempenho com a NuCel”, explicou Artur Horta, da GTF Capital, ao Broadcast.

A TIMS3 está em baixa de 12,76% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 4,61%.

Azul (AZUL4): -4,58%, R$ 5,83

Quem também se saiu mal foi a Azul (AZUL4), que cedeu 4,58% a R$ 5,83, realizando parte dos lucros observados na véspera, quando dispararam 13,99%, após a firma informar na manhã de segunda-feira (28) que celebrou acordos com seus atuais detentores de títulos de dívida para recebimento de recursos adicionais, somando até US$ 500 milhões.

A AZUL4 está em baixa de 6,57% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 63,59%.

*Com Estadão Conteúdo

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Beatriz Rocha

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