Estas alternativas de investimentos podem ser opções rentáveis em cenários incertos
Com a queda na rentabilidade dos fundos do mercado e um cenário de cortes de juros à vista, os investidores veem-se diante de uma necessidade de adaptação para preservação e potencializar seus rendimentos. Gestores monetários apontam caminhos alternativos para quem busca equilíbrio entre retorno e segurança.
Leia também
Segundo a Business Insider, no último ano, o mercado monetário ofereceu alternativas mais rentáveis para quem queria evitar riscos. Com taxas de retorno acima de 5%, os fundos do mercado monetário ganharam um destino comum. Entretanto, com a redução desses retornos para 4,5% e a perspectiva de cortes de juros, a estratégia de permanência com o capital estacionado nesses fundos perdeu parte do atrativo.
Para Mark Malek, diretor de investimentos da Siebert, essa escolha trouxe consequências negativas para investidores que não dependiam de liquidez imediata e optaram pelos investimentos do mercado, deixando de aproveitar os rendimentos do índice S&P 500.
Publicidade
“Muitas pessoas provavelmente deveriam ter investido em ações e provavelmente teriam obtido grandes retornos”, destaca Malek, afirmando que o mercado de ações apresentou oportunidades promissórias que muitos deixaram passar.
Malek também ressalta que a liquidez oferecida pelos fundos monetários ainda é vantajosa, mas alternativas como títulos de curto prazo do Tesouro podem entregar retornos competitivos com menor risco.
Segundo ele, optar por títulos com vencimento em três meses ou até seis meses permite manter a liquidez e um rendimento específico, minimizando o impacto da redução das taxas de juros. Advertiu, no entanto, que o ideal é evitar prazos mais longos, especialmente numa curva de rendimento invertida, onde as melhores taxas estão em vencimentos mais curtos.
Para os investidores mais arrojados, Malek sugere que títulos corporativos com alta classificação de crédito, entre AAA e BB, são uma opção para quem deseja manter retornos em torno de 5%.
Fuga do dólar e alternativas mais seguras
Ainda de acordo com a Business Insider, David Miller, diretor de investimentos da Catalyst Funds, enxerga a necessidade de diversificação não apenas como uma questão de rentabilidade, mas também de segurança diante da desvalorização do dólar e de fatores geopolíticos. A inflação persistente, o crescente déficit federal dos EUA e o uso estratégico do dólar em conflitos internacionais têm sua atratividade reduzida como reserva de valor.
Nesse contexto, o ouro surge como uma das opções mais populares. Segundo dados do World Gold Council, a demanda de bancos centrais pelo metal atingiu níveis recordes em 2022 e 2023, e ainda se mantém elevados. Com a expansão da oferta monetária em 36% desde 2020, o metal se posiciona como uma reserva de valor segura.
Publicidade
Para aqueles que buscam algo mais acessível, Miller sugere investir em moedas de ouro, barras ou fundos de índice que reproduzam o desempenho do metal, permitindo diversificação com praticidade.
O Bitcoin também aparece entre as opções, especialmente para aqueles que aceitam mais riscos. Embora seja mais especulativo e sujeito a grandes oscilações, sua natureza digital e creditícia o torna um ativo atraente para quem busca proteção contra desvalorizações cambiais. Nos últimos tempos, a criptomoeda superou a marca de US$ 71.000, evidenciando a crescente demanda por ativos alternativos.
À medida que o cenário econômico global se transforma e com a taxas de juros em queda, especialistas ressaltam que a diversificação e a análise cautelosa são as melhores estratégias para se manter competitivo no mercado monetário, protegendo o capital e buscando retornos em alternativas que vão além do dinheiro.
Colaborou: Gabrielly Bento.
Nossos editores indicam estes conteúdos para você investir cada vez melhor
O que achou dessa notícia? Deixe um comentário abaixo e/ou compartilhe em suas redes sociais. Assim deixaremos mais pessoas por dentro do mundo das finanças, economia e investimentos!
Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original
Autor: Jéssica Anjos