Por que o BBA acha que o Copom deve acelerar a Selic na próxima reunião
O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne na próxima terça (5) e quarta-feira (6) para decidir o rumo da taxa Selic. A penúltima reunião de 2024 deve trazer uma nova alta de juros, mas o tamanho desse ajuste ainda não é consenso. Nesta sexta-feira (01), o Itaú BBA soltou um relatório defendendo que a instituição acelere o ritmo na próxima semana.
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A Selic voltou a subir em setembro desde ano, quando, em meio a um cenário de desancoragem das expectativas de inflação, risco fiscal e incertezas no exterior, o Banco Central decidiu retomar o ciclo de aperto monetário. Na ocasião, a taxa de juros brasileira foi elevada em 0,25 ponto percentual, de 10,5% para 10,75% ao ano.
O BBA reforça que, na última reunião do Copom, o comunicado havia deixado em aberto o ritmo e magnitude do ciclo. Agora, dada a piora dos indicadores, espera que o grupo opte por subir a Selic em 0,50 p.p, para 11,25% ao ano, ao invés de manter o ritmo adotado anteriormente.
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“Diante de um cenário ainda desafiador, com taxa de câmbio em nível mais depreciado do que na reunião anterior, mercado de trabalho apertado, e núcleos de inflação e expectativas ainda acima da meta, as autoridades devem julgar apropriado este aumento do ritmo, avançando mais rapidamente em território contracionista”, destaca Mario Mesquita, economista-chefe do BBA no relatório.
O Boletim Focus parece precificar cenário parecido: a edição mais recente da pesquisa mostra que a mediana do mercado para a taxa ao final de 2024 é de 11,75% ao ano, o que significaria dois ajustes de 0,50 p.p nas reuniões de novembro e dezembro.
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Autor: Luíza Lanza