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Quanto valeria hoje R$ 5 mil investidos na Petrobras (PETR4) desde seu fundo do poço em 2016?

Em 2016, a Petrobras (PETR3; PETR4) enfrentava uma crise financeira e de credibilidade. No ano, a petroleira registrou um prejuízo líquido de R$ 14,8 bilhões, o terceiro ano negativo, e lidava com uma dívida líquida de R$ 314,12 bilhões, ao ser o epicentro da corrupção apurada pela Operação Lava Jato. “Investir na Petrobras em 2016 parecia um salto no escuro”, diz Gianluca Di Matina, especialista em investimentos da Hike Capital.

Porém, quem apostou R$ 5 mil naquela época com fé nos diferenciais da companhia, como a liderança mundial em exploração e produção de petróleo em águas profundas e dominância na distribuição de combustíveis e refino no Brasil, tem hoje R$ 26.619,50 na carteira. Esse é um valor quase cinco vezes maior, um crescimento de 432,39%. 

“Esse período coincidiu com um preço do petróleo em baixa e uma série de incertezas para investidores. No entanto, para quem decidiu investir na época, o resultado foi impressionante”, avalia Di Matina, que fez o levantamento sobre a valorização do papel a pedido do E-Investidor. 

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O período de recuperação da Petrobras, lembra o especialista, envolveu um esforço de reestruturação interna, venda de ativos, redução da alavancagem e uma política mais rígida de controle monetário. Esses fatores, aliados à retomada dos preços do petróleo e um ambiente econômico mais favorável, possibilitaram que a firma voltasse a ser vista como uma das gigantes do setor. “A Petrobras se beneficiou da alta global do petróleo e da recuperação econômica interna.”

Com o balanço do terceiro trimestre a ser divulgado na próxima quinta (7), a estatal enfrenta novos desafios, e uma certa desconfiança do mercado. “A expectativa para o futuro é mista, pois a Petrobras continua sujeita a variáveis econômicas globais, políticas internas e, agora, às preocupações ambientais e de governança”, comenta Di Matina.

As adversidades apontadas pelo profissional envolvem questões ligadas a possíveis interferências políticas. A substituição do CEO Jean Paul Prates por Magda Chambriard, em junho, afetou a confiança de investidores. 

Na parte ambiental, a exploração da Margem Equatorial é foco de muita resistência, enquanto no operacional, a Petrobras chamou para si a necessidade de diversificar a matriz energética, com um plano de investimentos de US$ 102 bilhões até 2028. 

A revisão da política de preços também é um tema de constante estresse na companhia e conversa com os problemas externos em relação a câmbio, preço internacional do petróleo e instabilidade geopolítica. 

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O mercado observa com cautela a estabilidade das políticas de preços e investimentos da Petrobras (PETR3; PETR4), especialmente devido às pressões para transição energética, observa o especialista da Hike Capital. “Em comparação com 2016, a firma possui uma base mais sólida, mas permanece vulnerável às flutuações do petróleo e aos desafios de diversificação.

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Autor: Leo Guimarães

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