Confira 8 ações recomendadas para novembro; spoiler: Petrobras e Itaú são favoritas
Em outubro, os mercados globais passaram por correções em meio a incertezas em torno das eleições nos Estados Unidos e dos dados econômicos do país. No Brasil, a preocupação dos investidores com a política fiscal e as taxas de juros elevadas aumentou a pressão sobre os ativos locais. Como resultado, o Ibovespa encerrou o mês com uma queda de 1,6%, enquanto o dólar alcançou seu maior valor em três anos.
Diante desse cenário, as corretoras optaram por manter nas carteiras de novembro firmas já consolidadas. “Neste momento, há muito risco precificado no valuation dos ativos brasileiros”, escreveu a equipe de research do BTG Pactual. “Diante dos desafios atuais no cenário brasileiro, estamos adotando uma estratégia mais conservadora para nosso portfólio”, disse a Genial Investimentos.
Todo mês, o InfoMoney compila as carteiras recomendadas das principais corretoras locais. Apenas as ações citadas pelo menos três vezes são consideradas. Petrobras (PETR4) e Itaú Unibanco (ITUB4) foram os papéis que receberam mais “likes”, assim como em outubro. A JBS (JBSS3) saiu da lista e, no lugar da gigante dos alimentos, entraram Equatorial (EQTL3) e outras firmas.
Confira a seguir as oito companhias mais recomendadas para novembro, a quantidade de recomendações e os desempenhos de cada papel em outubro:
firma | Nº de recomendações | Retorno em outubro |
Petrobras (PETR4) | 5 | -5,64% |
Itaú Unibanco (ITUB4) | 5 | -2,17% |
Cyrela (CYRE3) | 4 | 3% |
Vale (VALE3) | 4 | -3,50% |
Equatorial (EQTL3) | 3 | -3,60% |
Localiza (RENT3) | 3 | -1,50% |
Lojas Renner (LREN3) | 3 | -0,60% |
Direcional (DIRR3) | 3 | 1,95% |
Petrobras (PETR4)
Para a Ágora Investimentos, a tese para o investimento na Petrobras são as expectativas com a distribuição de dividendos. “A firma segue com boa geração de caixa e estimamos um rendimento médio de dividendos justo de 12% para os próximos cinco anos”, disse em relatório. A casa mantém recomendação de compra para a ação e sugere que os investidores monitorem o plano estratégico da companhia.
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Itaú Unibanco (ITUB4)
Segundo o BTG Pactual, o Itaú conseguiu surfar bem nas mudanças do negócio bancário varejista, especialmente no segmento de baixa renda. “O Itaú fez um ótimo trabalho (o melhor entre os incumbentes) aceitando e se adaptando ao cenário de mudanças, o que acreditamos que permitirá que seu ROE sustentável aumente a diferença em relação aos pares”.
Cyrela (CYRE3)
A firma tem apresentado resultados operacionais sólidos de forma
consistente, apesar de o cenário macroeconômico não ter sido favorável para o segmento de média e alta renda, segundo o BTG Pactual. Além disso, segundo o banco de investimentos, a Cyrela tem um “forte pipeline de projetos para os próximos trimestres, e a administração está otimista quanto ao desempenho de suas vendas”.
Vale (VALE3)
Segundo a Terra Investimentos, a firma demonstra resiliência mesmo diante da desaceleração da economia chinesa, apresentando resultados alinhados com as expectativas do mercado. A Vale, segundo a casa, “conseguiu reduzir significativamente seus custos de produção, o que evidencia sua eficiência operacional e fortalece suas margens de lucro”.
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Equatorial (EQTL3)
A holding, atuante nos setores de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, compõe 15% da carteira da Empiricus, ocupando a liderança ao lado de outros três ativos. A casa destaca que prioriza “ações de firmas rentáveis, em bom momento operacional, com balanços robustos e motores de crescimento próprios”. O setor elétrico representa 25% da carteira, seguido pelo setor defensivo, com uma participação de 20%.
Localiza (RENT3)
A companhia vem se beneficiando de melhores condições de compra de veículos e de um mix de safras da frota mais favorável, segundo a Terra Investimentos. “O rejuvenescimento da frota deve continuar melhorando a eficiência de custos. Além disso, a perspectiva de expansão no México representa uma nova avenida de crescimento. O cenário de concorrência mais disciplinada e a resiliência da demanda também são fatores positivos”.
Lojas Renner (LREN3)
A equipe de research do BTG Pactual disse que gostou de algumas iniciativas recentes da Renner para melhorar a variedade de produtos e os prazos de entrega por meio do novo centro de distribuição. Essas medidas, afirmaram, devem aumentar a lucratividade e a produtividade das lojas. “As iniciativas começaram a dar frutos, que devem aparecer gradualmente nos resultados da LREN nos próximos trimestres”.
Direcional (DIRR3)
A construtora foi uma das escolhas da Genial Investimentos. A corretora disse que, diante dos desafios atuais no cenário brasileiro, decidiu “adotar uma estratégia mais conservadora para nosso portfólio, com foco em firmas de grande capitalização, alta liquidez e betas menores do que 1, que indicam menor volatilidade”.
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Autor: lucasgmarins