Vale investir em Bitcoin antes de eleição e decisão de política monetária nos EUA?
O Bitcoin (BTC) bateu recorde de preço em reais e rondou sua máxima histórica em dólar na semana passada, impulsionado pelo otimismo com as eleições nos Estados Unidos e a expectativa com a queda de juros no país. Nesta segunda-feira (4), no entanto, a criptomoeda recuou e passou a ser negociada abaixo dos US$ 69 mil.
Com esse vai e vem do preço do Bitcoin em meio a dois eventos importantes, será que vale investir na cripto antes da eleição americana, que ocorre na terça-feira (5), e da decisão de política do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), agendada para a quinta-feira (7)? De acordo com especialistas, pode haver bastante volatilidade no curto e médio prazo, mas o panorama no longo prazo é positivo para as criptos, independente do resultado.
A gestora Bernstein reiterou nesta semana que, caso Donald Trump vença, acredita que o Bitcoin pode ultrapassar sua máxima histórica de US$ 74 mil, alcançando entre US$ 80 mil a US$ 90 mil no curto prazo. Por outro lado, se Kamala Harris assumir a Casa Branca, o ativo digital pode cair para US$ 50 mil, diz. O motivo é que o candidato republicano é visto como pró-cripto. Kamala, por outro lado, é do partido democrata, que teve uma postura agressiva com o setor nos últimos anos.
Em relação à análise dos gráficos, Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, disse que após o BTC disparar na semana passada, a cripto encontrou muita oferta vendedora, e o preço iniciou um forte movimento de queda, fazendo o ativo digital atingir uma mínima de US$ 67.478 no domingo (3).
“Apesar da queda, o preço que o Bitcoin atingiu trata-se de uma região de liquidez onde há demanda compradora. No entanto, ainda não entrou fluxo comprador forte, e por essa razão, há a possibilidade de continuidade de queda até os suportes de curto e médio prazo nos US$ 62.900 e US$ 61.900. As resistências de curto e médio prazo estão nas áreas de valor dos US$ 69.600 e US$ 71.715“.
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Qual impacto no longo prazo?
O BTG Pactual disse em relatório publicado nesta segunda que as eleições nos EUA têm o “potencial de trazer maior clareza regulatória, especialmente necessária para setores como o de finanças descentralizadas (DeFi), criando um ambiente mais favorável para o desenvolvimento do mercado de criptoativos”.
O banco de investimentos relatou também que reafirma a visão sobre o BTC “como o criptoativo mais consolidado e seguro do mercado, cada vez mais reconhecido como uma reserva de valor digital”. A cripto representa 40,76% da carteira de tokens do BTG.
Fábio Plein, diretor regional para as Américas da exchange Coinbase, tem opinião semelhante. Ele disse que o resultado das eleições pode reduzir a aversão ao risco e fortalecer as tratativas para um cenário regulatório mais claro. Já sobre os juros, o especialista acredita que a reunião do Fed deve confirmar um novo corte, o que é benéfico para o mercado cripto.
“Esses fatores, combinados a um cenário macroeconômico melhor, nos fazem confiantes na nossa visão de longo prazo de que os próximos meses serão promissores para o setor”.
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Apesar do cenário incerto no curto prazo, a gestora Bernstein mantém um alvo otimista de preço para a criptomoeda no longo prazo, independentemente do resultado da eleição. “O gênio do Bitcoin saiu da garrafa e é difícil reverter esse curso. Nossa meta de preço para o final de 2025 permanece em US$ 200 mil, independentemente do resultado da eleição.”
Vale sempre reforçar que criptomoedas são ativos considerados de alto risco, principalmente por causa da alta volatilidade. Por isso, especialistas costumam sugerir que o investidor avalie com muito cuidado a indústria cripto e aloque em ativos digitais apenas recursos que não são essenciais para o dia a dia.
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Autor: lucasgmarins