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Adeus, Disney? Alta no preço do pão francês? Dólar assume novo patamar e mira os R$ 6

Nada parece segurar a cotação do dólar contra o real e agora com a eleição do Trump a situação fica mais complicada ainda.

Nesse ano o real já cai 15% contra o dólar, muito (ou praticamente) influenciado por fatores internos relacionados à gestão pública – as contas do governo. A preocupação do mercado monetário com a situação fiscal é grande e o reflexo disso são a fuga de capital do nosso país, tanto por investidores estrangeiros que resolvem levar o dinheiro para casa e aproveitar o mercado em alta das ações americanas, alta dos títulos públicos ou até mesmo a das criptomoedas. Brasileiros também enxergam um cenário não tão favorável para o próximo ano, principalmente quando falamos da relação dívida/PIB.

A IFI – Instituição Fiscal Independente – divulgou em relatório do meio de outubro de 2024 que a Dívida/PIB do país atingiu 78,5% em agosto e que caminha para encerrar 2024 acima dos 80%, além de alarmar para o movimento de alta continua nos próximos dois anos.

A relação da Dívida/PIB com o dólar é quase que totalmente correlacionada já que quanto mais gastos por parte do governo, maior a emissão de dívidas para financiar as contas públicas e consequentemente maior emissão de reais, fazendo com que a moeda se desvalorize.

Nem a alta da taxa Selic pode atrair dinheiro de fora

Nem mesmo a Taxa Selic em quase 12% é suficiente para atrair dinheiro de fora que poderia ajudar na cotação do dólar. O gringo ainda prefere ficar com os 5% lá nos EUA do que trazer o dinheiro para investir em um governo de política expansionista e de contas públicas de difícil gestão para os próximos anos.

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O mercado monetário também mostra que essa Selic não é suficiente para correr o “risco Brasil” e por isso nos contratos de juros futuros negociados em Bolsa é possível ver apostas de que os juros devem subir pra perto de 13% ainda em 2025, um movimento muito diferente do esperado no começo do ano quando as previsões colocavam a Selic para perto de 8,5%.

A “tempestade perfeita” acontece também agora com a eleição do presidente Trump que tem como objetivo favorecer a indústria nacional através de tarifas de importações que podem diminuir o fluxo de vendas do Brasil para os EUA e consequentemente a entrada de dólares no país.

Nessa semana coloquei no grupo do Whatsapp o qual deixo o link pra você participar clicando aqui um estudo do Goldman Sachs que enxerga o dólar a R$ 6,30 para o próximo ano.

Quando falamos de Disney a situação piora mais ainda, já que em algumas casas de câmbio o dólar turismo já se aproxima dos R$ 6,50. Mas o dólar não influencia apenas nas viagens internacionais…

Quase 70% do trigo usado no pão francês é importado. Logo, quanto mais alto o dólar maior o impacto no nosso dia a dia e, consequentemente, aumento de inflação. Além do pão, podemos falar da importação de chips, de gasolina, de passagens áreas e até da famosa “picanha” já que produtores podem preferir exportar e aproveitar o dólar alto em vez de vender para o mercado interno, em reais.

A situação é complicada e as projeções não são boas para o dólar. Se vale agora investir lá fora ou não ai é outro assunto, para discutir no grupo e também no meu próximo artigo.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: E-Investidor

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