Após os registros de duas explosões na Praça dos Três Poderes, na noite desta quarta-feira (13), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), suspendeu todas as atividades legislativas e administrativas na casa legislativa até as 12h (horário de Brasília) de quinta-feira (14).
O movimento ocorre após pedido feito pela vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), que exerce interinamente o cargo de chefe do Poder Executivo em nível local em meio à ausência do governador Ibaneis Rocha (MDB), que está na Itália.
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Ela solicitou que tanto Lira quanto Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal, aguardassem uma varredura completa das forças de segurança da administração para que retomassem as atividades das casas legislativas em segurança.
Em decisão de expediente distribuída aos parlamentares e à imprensa, Lira também determinou que os setores responsáveis da Câmara dos Deputados realizem, “com a máxima urgência”, uma avaliação completa dos danos causados e implementem medidas para restabelecer a segurança e a funcionalidade das instalações da Casa.
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O parlamentar solicitou, ainda, o encaminhamento do ocorrido para investigação detalhada pela Polícia Legislativa, “a fim de apurar as circunstâncias e responsabilidades envolvidas nos eventos”.
Em nota distribuída à imprensa, Lira disse que a explosão de um carro em estacionamento público próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados, onde está localizada a maior parte dos gabinetes de parlamentares, “deve ser apurada com a urgência necessária para esclarecimento de todas as suas causas e circunstâncias”.
“Reafirmo, veementemente, meu total repúdio a qualquer ato de violência”, concluiu o parlamentar no texto.
Tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado Federal estavam com sessão em andamento nos respectivos plenários no momento das explosões, que interromperam os trabalhos.
O que se sabe sobre o caso?
Foram ouvidas duas explosões nas imediações do “coração” do poder em Brasília. Por volta das 19h30, um carro com placa de identificação de Rio do Sul (SC), explodiu em estacionamento próximo ao Anexo VI da Câmara.
No porta-malas, foram identificados materiais explosivos e tijolos. O dono seria Francisco Wanderley Luiz, que foi candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020, mas não se elegeu.
Cerca de 20 segundos após o primeiro registro, um homem morreu em uma segunda explosão nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF). Até a atualização desta reportagem, o corpo ainda não havia sido removido, em meio aos riscos de haver mais materiais explosivos no local.
Segundo a vice-governadora Celina Leão, o autor do ataque tentou ingressar no prédio da Corte antes da explosão. Ainda não estava clara a relação das duas ocorrências e da autoria. A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o caso.
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Autor: Marcos Mortari
