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Marfrig (MRFG3) salta 8% no pregão: o que Itaú BBA achou do balanço da empresa?

As ações da Marfrig (MRFG3) lideraram os ganhos do Ibovespa nesta quinta-feira (14), após a firma divulgar seu balanço do terceiro trimestre e anunciar o pagamento de dividendos. NO fechamento, os papéis da companhia dispararam 8,26% cotados a R$ 16,90, oscilando entre máxima a R$ 17,29 e mínima a R$ 16,25.

A Marfrig reportou um lucro líquido de R$ 79,1 milhões de julho a setembro, revertendo o prejuízo líquido de R$ 112 milhões de igual período de 2023. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 60,4% ante o terceiro trimestre do ano passado, de R$ 2,414 bilhões para R$ 3,872 bilhões. Já a margem Ebitda ficou em 10,3%, 3,07 pontos porcentuais acima de um ano antes. A receita líquida, por sua vez, aumentou 12,4%, de R$ 33,548 bilhões para R$ 37,701 bilhões de julho a setembro de 2024.

Em relação aos proventos, a firma anunciou a distribuição de R$ 2,5 bilhões em dividendos, com base nos lucros apurados no balanço relativo ao terceiro trimestre. O montante será imputado ao dividendo obrigatório do exercício de 2024. O valor será de R$ 2,824256 por ação ordinária, desconsiderando-se as ações em tesouraria. O pagamento dos valores será realizado em 26 de dezembro, sendo que os acionistas registrados até a data-base de 12 de dezembro de 2024 terão direito aos proventos.

Qual a opinião do Itaú BBA sobre o balanço da firma?

Para o Itaú BBA, a Marfrig reportou resultados neutros no terceiro trimestre, apenas 1% abaixo de suas expectativas. Embora os números tenham ficado aproximadamente em linha com as projeções, a casa destaca o repasse de dividendos como um ponto positivo para o trimestre.

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“Vemos o momento atual da Marfrig como a principal preocupação para a tese de investimento agora, principalmente devido às incertezas no negócio de carne bovina nos Estados Unidos, mas a distribuição de dividendos deve ser vista como um sinal de confiança da firma na sustentabilidade do caminho de desalavancagem à frente”, afirma o banco em relatório.

Na América do Norte, a margem Ebitda da companhia contraiu 50 pontos-base trimestre a trimestre, ficando 20 pontos-base abaixo da previsão do Itaú BBA. Olhando para frente, a casa acredita que a plataforma premium da National Beef deve compensar parcialmente as tendências macroeconômicas que continuam apontando para baixo, com desempenho acima de seus pares.

Nos ativos remanescentes da divisão da América do Sul, o Ebitda ajustado ficou 4% acima do esperado pelo banco, compensando parcialmente o desempenho aquém nos Estados Unidos. “A saudável margem Ebitda de 12,1% pode ser bem recebida pelo mercado, que ainda está avaliando o nível recorrente do portfólio remanescente da firma”, ressalta o Itaú BBA.

De forma geral, a casa avalia que os investidores de proteínas estão cautelosos com o setor de carne bovina nos Estados Unidos, mas a exposição da Marfrig na BRF (BRFS3) tem gerado um desempenho sólido recentemente, compensando a fraqueza temporária na América do Norte e viabilizando o pagamentos de dividendos.

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Autor: Beatriz Rocha

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