“Pacote fiscal do governo Lula deve vir mais ambicioso do que esperávamos”, diz diretor da Eurasia
Para Christopher Garman, cientista político e diretor executivo para Américas da Eurasia, o pacote de reforma fiscal a ser anunciado pelo Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode surpreender positivamente. O especialista elenca que as interlocuções com Brasília apontam para possíveis medidas como criar uma trava no aumento do salário mínimo e no piso de educação e saúde. A expectativa de economia para 2026 fica entre R$ 35 e R$ 50 bilhões.
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“Benefício de Prestação Continuada (BPC), abono, seguro-desemprego, também podem entrar na rota. O pacote pode vir mais ambicioso do que nós estávamos esperando. Mais do que o valor, o que me impressiona são as regras”, afirma Garman. “E tem o lado ruim. O presidente Lula quer compartilhar custos, taxar ricos, vem uma questão tributária desafiadora.”
O diretor executivo da Eurasia vê a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, como um fator que facilitou a conscientização sobre a importância do controle de gastos. “A vitória de Trump ajudou porque o mundo ficou muito mais desafiador para o Brasil”, diz o especialista, que vê o aumento do custo de vida norte-americano como um dos fatores que tirou dos democratas a reeleição. “Joe Biden gastou demais no primeiro ano de mandato e pagou o preço.”
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Garman participou do painel “Nova ordem: Impactos políticos e econômicos em um mundo interconectado e volátil”, junto a Fernando Schuler, cientista político e professor do Insper, e comentaram sobre o pacote fiscal.
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Autor: Jenne Andrade