Mastercard e JP Morgan se unem para facilitar pagamento internacional entre empresas usando blockchain
A gigante de cartões Mastercard e o banco JP Morgan anunciaram na quinta-feira (21) uma parceria para facilitar pagamentos internacionais entre firmas, com um modelo que utiliza blockchain para reduzir os custos das operações e torná-las mais rápidas.
A operação vai unir soluções individuais que cada firma já desenvolveu: a Mastercard vai conectar seu sistema baseado em blockchain para transferência de ativos, o Multi-Token Network (MTN), ao negócio de ativos digitais do JP chamado de Kinexys.
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Em nota, as duas firmas explicaram que a parceria visa aprimorar os pagamentos internacionais B2B, ou seja, entre firmas, “fornecendo maior transparência e liquidação mais rápida, bem como redução do atrito do fuso horário”.
Segundo as companhias, tanto o MTN quanto o Kinexys já fornecem soluções projetadas para melhorar a eficiência de transações comerciais. Elas têm o intuito de melhorar as experiências de pagamento transfronteiriços, fornecendo maior transparência e liquidação mais rápida.
Blockchain é uma tecnologia de registro distribuído que funciona como um livro-razão público, compartilhado e imutável. Surgiu junto com o Bitcoin, mas não precisa de criptomoedas para funcionar. Como principais vantagens, a tecnologia dá mais segurança e transparência para operações registradas nela.
Atualmente, o principal modelo usado para esse tipo de transferência é o SWIFT (sigla para Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication, ou Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais, em tradução livre), uma cooperativa que reúne mais de 11 mil instituições financeiras em cerca de 200 países para facilitar operações que ocorram entre fronteiras.
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Apesar de ter agilizado as transferências após sua criação, em 1973, o SWIFT ainda é um modelo que depende de várias etapas e agentes. Em resumo, quando uma firma precisa transferir dinheiro para uma companhia em outro país, ela precisa passar ao banco o código SWIFT, que tem entre oito e onze caracteres, e o número da conta internacional, com 34 dígitos.
O banco de onde partirá o pagamento envia uma mensagem para a instituição que irá receber o pagamento com todas essas informações. O banco receptor então autoriza a transferência e uma terceira entidade (normalmente um banco ou corretora) realiza o pagamento. O SWIFT, portanto, transfere apenas dados, e não valores.
Agora, com a parceria entre Mastercard e JPMorgan, os clientes poderão liquidar transações comerciais por meio de uma única integração de sistema, reduzindo riscos de erros nas operações, além de torná-las ainda mais rápidas.
“Ao unir o poder e a conectividade da MTN da Mastercard com os Pagamentos Digitais da Kinexys, estamos desbloqueando maior velocidade e capacidades de liquidação para toda a cadeia de valor. Estamos entusiasmados com essa integração e os novos casos de uso que ela dará vida”, disse Raj Dhamodharan, vice-presidente executivo de Blockchain e Ativos Digitais da Mastercard.
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Autor: Rodrigo Tolotti