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Qual é a diferença entre investir no S&P 500 pela B3 ou diretamente nos EUA?

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A escolha entre investir no índice S&P 500 pela B3, no Brasil, ou diretamente nos Estados Unidos pode ter implicações importantes para investidores, tanto em termos de custo quanto de acessibilidade.

Enquanto os contratos futuros do índice são negociados na Bolsa de Chicago (CME), a B3 oferece uma alternativa em solo brasileiro que vem ganhando tração nos últimos anos.

Contrato do S&P500 na B3

O índice futuro do S&P 500 na B3 reflete a expectativa de preço do portfólio de ações representado pelo S&P 500, um dos mais relevantes do mercado monetário global.

O contrato é ajustado para a realidade do investidor brasileiro: o valor de cada contrato é calculado multiplicando o índice S&P 500 por US$ 2,50, o que o torna 20 vezes menor que o contrato padrão negociado diretamente na CME, onde o índice é multiplicado por US$ 50.

Essa adaptação permite que investidores com menor capacidade financeira participem de mercados globais.

“A demanda pelo índice futuro do S&P 500 tem tido um crescimento expressivo na B3 nos últimos anos, e acho que isso é muito fruto desse interesse crescente pelos mercados globais”

— Paula Attie, diretora da CME no Brasil

Diferenças de custo e eficiência

Uma das grandes vantagens de negociar diretamente na CME é a eficiência proporcionada pela alta liquidez, o que gera spreads menores, como explica Paula Attie: “No fundo, os spreads são menores e acabam tendo uma negociação mais eficiente”.

Segundo ela, a estrutura da CME conta com cerca de 500 mil contas ativas de traders na Bolsa de Chicago.

“América Latina ainda é uma das regiões mais pequenas quando se compara com Estados Unidos, Europa e Ásia. Mas ela vem nos últimos anos crescendo aos poucos”, complementa.

Por outro lado, a B3 oferece facilidade ao investidor brasileiro, eliminando custos e burocracias associadas à abertura de contas internacionais.

Leia também: Conta internacional: para que serve e o que é necessário para abrir uma

Outras opções de commodities na B3

Além do índice futuro do S&P 500, a B3 também negocia contratos de commodities, como o Futuro de Soja do CME e o Futuro de Soja FOB Santos.

Esses contratos refletem, respectivamente, o preço internacional da soja em dólar e o valor da exportação no Porto de Santos, com liquidação financeira em dólares por tonelada.

O futuro da parceria entre B3 e CME

“Acho que olhando para os nossos esforços, eles são sempre direcionados para o crescimento, para atingir cada vez mais instituições e cada vez mais investidores”, diz Paula Attie, destacando o papel da CME como referência global em liquidez e formação de preço.

Segundo ela, as bolsas têm esse papel de estudar novas demandas, mas afirma que não há, neste momento, nenhum novo produto previsto para o Brasil.

“A gente não tem previsão de trazer novo produto para cá, mas os que estão aqui a gente vê crescerem”, reforça.

O CME Global possui plataforma com informações em português sobre seus ativos.

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Autor: Bruno Nadai

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