Data de validade “flexível” e venda de remédio: os pedidos dos supermercados a Lula
Presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi disse em entrevista ao CNN Money nesta segunda-feira (25) que se surpreendeu com a reação positiva do presidente Lula ao pacote apresentado pelo setor para reduzir os preços de alimentos no país.
“Tivemos uma reação positiva surpreendente do presidente Lula. Era uma reunião de uma hora, e ficamos mais de duas horas com o presidente, e ele explorando aquelas ideias, aprofundando”, disse Galassi, que esteve presente no encontro com Lula.
Foram apresentadas dez sugestões pelos representantes do setor ao presidente. Os supermercados pediram, por exemplo, autorização para vender medicamentos sem receita e que a data de validade de seus itens tenha padrão “melhor consumir até”.
“[Após a data] pode ser consumido, mas é melhor que seja antes. Na Europa e nos Estados Unidos este modelo já existe. Aqui, um biscoito quando dá 23h59 está válido; 00h00, vai para o lixo. Nós jogamos dois bilhões de mercadorias no lixo por ano por data de validade, isso fora na casa dos consumidores”, argumentou.
Também foi proposta a isenção fiscal para doação de alimentos, a criação de uma cesta básica nacional de alimentos isentos e a desoneração para contratação de funcionários em início de carreira e aos trabalhadores com mais de 60 anos, além da continuidade do Benefício de Prestação Continuada (BPC) à pessoa com deficiência.
Os supermercados ainda defendem a flexibilização de contratos de trabalho e inclusão do setor no programa de desoneração da folha de pagamento. Os empresários relataram dificuldades na contratação de funcionários em razão do mercado aquecido.
De acordo com essas firmas, há 350 mil vagas em aberto no setor.
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Autor: vanessaloiola