MicroStrategy compra US$ 5,4 bi em bitcoin após polêmica sobre estratégia fraudulenta
A firma de software MicroStrategy (MSTR) anunciou nesta segunda-feira (25) a compra de mais US$ 5,4 bilhões em bitcoins, totalizando a marca de US$ 37 bilhões de investimentos em unidades da criptomoeda.
A compra foi anunciada pelo CEO da companhia, Michael Saylor, no seu perfil do X. De acordo com Saylor, a MicroStrategy adquiriu 55,5 mil bitcoins por pouco mais de US$ 97 mil cada unidade.
A movimentação acontece depois de um final de semana agitado para a firma, em meio a polêmica de possível esquema fraudulento levantado por analistas de criptos.
Uma delas, a BitMEX Research, fez as contas para saber se a MicroStrategy estaria envolvida em um esquema Ponzi — similar ao esquema de pirâmide — e justificou os valores exorbitantes anunciados pela companhia.
Segundo a BitMEX, a MicroStrategy tem uma capitalização de mercado de mais de US$ 100 bilhões e é negociada com um prêmio gigantesco em relação ao valor de suas participações em bitcoin.
“Esse prêmio é insano, talvez em parte impulsionado por alguns reguladores monetários que proíbem as pessoas de comprar ETFs de Bitcoin. Essas pessoas estão tão desesperadas pela exposição ao Bitcoin que, em vez disso, compram o MSTR, apesar do prêmio”, disse a firma de análise.
A BitMEX explica que a MSTR usa uma estratégia que consiste em emitir novas ações da companhia e comprar mais bitcoins, o que faz com que o valor da criptomoeda aumente.
Como a firma é negociada em prêmio, a MicroStrategy precisaria emitir mais títulos até que o valor do bitcoin por ação seja igual ao preço atual.
Na última semana, a criptomoeda chegou a renovar seu recorde histórico pelo quarto dia seguido e superou a barreira dos US$ 98 mil, em meio a um entusiasmo com a reeleição do republicano Donald Trump nos Estados Unidos.
O CNN Money conversou com Paulo Camargo, CIO da Underblock, o qual afirmou que a estratégia está longe de ser uma pirâmide, mas que certamente é uma maneira mais arriscada.
“Pirâmide é um termo pesado demais, mas de fato é uma maneira arrojada e arriscada que o CEO Michael Saylor vem adotando há um tempo. Desde 2020 a firma tem utilizado o caixa da companhia para comprar bitcoin e alavancar essa exposição ao ativo, emitindo ações e dívidas convertíveis”, disse Camargo.
Ele concluiu explicando que “sempre que envolve uma certa alavancagem, a gente tem um risco mais elevado”.
A CNN procurou a MicroStrategy, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.
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Autor: marienramos