Treasuries recuam após escolha de Trump para o comando do Tesouro dos EUA
Os juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) recuaram nesta segunda-feira (25), em uma sessão que teve como destaque a escolha por Donald do Trump do gestor de fundos de hedge e seu conselheiro econômico, Scott Bessent, para comandar o Departamento do Tesouro em seu retorno à Casa Branca. O eleito trouxe alívio aos mercados, diante de uma percepção de que sua postura na economia será mais prudente do ponto de vista fiscal, levando o mercado a se reposicionar e contribuindo para nova inversão na curva entre os juros de dois e dez anos.
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No fim da tarde em Nova York, a taxa da T-note de 2 anos caía a 4,266%, o da T-note de 10 anos recuava 4,264% e o do T-bond de 30 anos baixava a 4,450%.
“Prevemos que a curva se incline mais do que a maioria espera ao longo de 2025, à medida que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) prossegue com o corte das taxas de juro para 3,50-3,75%”, afirma a Capital Economics. “O consenso pré-eleitoral parecia ser que uma vitória de Trump levaria a rendimentos mais elevados e a uma curva mais acentuada. Mas a curva tornou-se agora achatada ao ponto de o spread entre os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 e 2 anos se ter tornado negativo.
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Dito isto, isto só é verdade em termos nominais – em termos reais, a curva inclinou-se neste período. Na verdade, aumentou mais do que após a vitória de Trump em 2016”, resume a Capital Economics.
De acordo com análise do Rabobank, a escolha do Bessent pode ter “acalmado os nervos”, mas o consenso é de que as políticas tributárias e tarifárias de Trump trarão “risco de alta para a inflação”, além de limitar a capacidade do Fed em continuar o ciclo de corte de taxas.
Os rendimentos recuaram ainda mais durante a tarde, depois que o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos informou que leiloou hoje US$ 70 bilhões em T-notes de 2 anos, com rendimento máximo de 4,274%. A taxa bid-to-cover, um indicativo da demanda, ficou em 2,77 vezes, acima da média recente calculada pela BMO Capital, de 2,62 vezes.
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo