WEG faz pequena, mas “interessante” aquisição: como mercado viu a compra da REIVAX?
A fabricante de motores elétricos WEG (WEGE3) informou a aquisição da REIVAX S.A. e suas subsidiárias, uma firma brasileira atuante no setor de sistemas de controle para geração de energia. O valor da operação não foi revelado.
O portfólio da firma inclui soluções para segmentos como hidrelétrica, fotovoltaica, eólica, termoelétrica, subestações e industrial. Menos da metade de sua receita líquida de R$ 131 milhões em 2023 veio das vendas no Brasil, já que também vende seus produtos na Índia, Europa e Sudeste Asiático. A margem Ebitda (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita) da Reivax atingiu 22,6% em 2023.
Fundada em 1987, a matriz da firma está localizada em Florianópolis/SC, com filiais
na Suíça e no Canadá, e conta com uma equipe de aproximadamente 220 colaboradores.
O Itaú BBA classificou a transação como neutra para a WEG, pois é uma pequena aquisição (a receita da WEG totalizou R$ 32,5 bilhões em 2023).
A equipe de research do BBA ainda pontua que a história da WEG tem sido marcada por essas pequenas aquisições que aceleraram a expansão do portfólio e da capacidade da firma, bem como sua penetração em novas geografias. Com isso, o banco acredita que essa aquisição contribuirá principalmente com a expansão do portfólio de Geração, Transmissão e Distribuição (GTD) da WEG.
O BBA reiterou classificação de compra para ação da WEG e preço-alvo de R$ 67.
O Bradesco BBI, por sua vez, comentou que embora pequena, a aquisição da REIVAX expande a presença da firma, ao mesmo tempo em que adiciona receitas com uma forte margem Ebitda. O banco manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 51.
Apesar do valor da transação não ter sido divulgado, o BTG não espera que seja relevante, dado o baixo impacto da REIVAX na receita líquida da WEG (menos de 1% da receita da companhia em 2023).
O BTG vê a aquisição como “interessante” e uma tentativa da WEG de adquirir expertise no controle simultâneo de diferentes soluções de geração de energia, à medida que a indústria de energia migra para soluções híbridas, especialmente no Brasil, devido à grande participação das fontes renováveis.
Segundo o BTG, a operação também amplia a exposição internacional da WEG, o que considera um aspecto positivo, dado o câmbio depreciado do real.
O BTG manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 68 para WEGE3.
A Ativa Investimentos também considera uma aquisição marginalmente positiva para a WEG, que, embora seja pequena, aumenta levemente a presença da firma nos mercados em que a REIVAX atua e traz sinergias com as operações de controle e automação de sistemas da WEG, podendo abrir novas oportunidades para a firma nos mercados de atuação.
O time de análise da Ativa manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 43,80.
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Autor: Felipe Moreira