Dólar hoje dispara e atinge máxima a R$ 5,90 com notícia sobre isenção de IR até R$ 5 mil
O dólar hoje renovou as máximas nesta quarta-feira (27) e chegou a R$ 5,9104, por volta de 15h40min, em alta de 1,76%. Caso siga nesse patamar, a divisa deve terminar o dia no maior valor do governo Lula 3, superando a marca de R$ 5,8694, registrada em 1º de novembro.
Leia também
Investidores aguardam o anúncio do pacote de corte de gastos do governo federal, que deve ser apresentado nesta quarta-feira (27) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Câmara. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que Haddad deve conversar também com presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Posteriormente, às 20h30 de hoje, o governo deve veicular em rede nacional de TV um pronunciamento de Haddad para explicar o pacote de contenção de despesas do governo federal. Ele também deve incluir o anúncio da isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. O pronunciamento terá 7 minutos e 18 segundos de duração, conforme apurou o Estadão nesta reportagem.
Publicidade
Para Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos, a alta do dólar nesta tarde reflete a preocupação do mercado em relação à política fiscal do País. “De um lado, todo mundo estava aguardando o pronunciamento para entender de onde sairiam os cortes. De outro, o governo continua pensando em uma medida populista. É uma falta de comprometimento que acaba estressando o mercado”, afirma.
Dados nos EUA também ficam no radar do mercado
Investidores também acompanham a agenda de dados macroeconômicos dos Estados Unidos. O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed), avançou 0,2% em outubro, na comparação com setembro, em linha com as expectativas de analistas consultados pela FactSet.
“A leitura mantém a visão de que a última milha no combate à inflação nos Estados Unidos vem sendo difícil de percorrer, e, em conjunto com dados de mercado de trabalho, esse fator vem pesando nas decisões sobre o ciclo de afrouxamento monetário iniciado em setembro”, destaca Paula Zogbi, gerente de research e head de conteúdo da Nomad..
Outro dado monitorado foi a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que cresceu ao ritmo anualizado de 2,8% no terceiro trimestre de 2024. O resultado confirmou o número inicialmente divulgado e as projeções de analistas consultados pela FactSet, que previam mediana de 2,8%.
“O cenário continua apresentando maior probabilidade de pouso suave e afastando as preocupações mais alarmantes sobre o enfraquecimento da atividade”, avalia Zogbi, da Nomad. Lembrando que o pouso suave citado por ela significa reduzir a inflação com o menor custo possível para a atividade econômica e o emprego.
O que afeta o dólar hoje
Pacote fiscal
Investidores aguardam o anúncio do pacote de corte de gastos, que será apresentado nesta quarta-feira pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Câmara. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que Haddad deve conversar também com os líderes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo ele, a definição sobre mudanças no Fundeb no corte de gastos depende dessas conversas.
Indicadores econômicos
Nesta quarta-feira, investidores acompanham a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre e o índice de preços de gastos com consumo (PCE) de outubro – a métrica de inflação preferida do Fed, às vésperas do feriado de Ação de Graças nos EUA.
Publicidade
No cenário local, os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de outubro também serão monitorados. A mediana indica desaceleração na criação líquida de empregos, a 200 mil vagas com carteira assinada em outubro, ante 247.818 vagas abertas em setembro.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 1,3 ponto em novembro, a 98,6 pontos, na série com ajuste sazonal. Em médias móveis trimestrais, o indicador acumula queda de 1,0 ponto, atingindo 99,7 pontos.
O dólar sobe 1,79% em novembro. No ano, a moeda acumula ganhos de 21,24% em relação ao real.
*Com informações do Broadcast
Publicidade
Nossos editores indicam estes conteúdos para você investir cada vez melhor
O que achou dessa notícia? Deixe um comentário abaixo e/ou compartilhe em suas redes sociais. Assim deixaremos mais pessoas por dentro do mundo das finanças, economia e investimentos!
Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original
Autor: Beatriz Rocha