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Empresas avançaram com sustentabilidade, mas enfrentam desafios para compreender IA, diz relatório

As diretorias das firmas de todo o mundo têm de lidar com uma lista crescente de tópicos críticos e sensíveis à sociedade.

Questões ligadas a clima e sustentabilidade são algumas das principais urgências apontadas nos últimos anos. Para além destas, outras problemáticas que ganharam peso na agenda dos executivos são questões geopolíticas e tecnologias disruptivas, como inteligência artificial (IA) generativa.

A terceira edição do relatório “Como os conselhos estão evoluindo para enfrentar desafios que vão da sustentabilidade à volatilidade geopolítica”, elaborado pelas consultorias BCG, Heidrick & Struggles e o Centro de Governança Corporativa Insead, aponta que 77% dos executivos avaliam que o conselho de suas firmas deve se responsabilizar por questões que preocupam a sociedade.

Com o passar dos anos, as companhias conseguiram avançar na agenda de sustentabilidade, mas ainda vêm enfrentando desafios para compreender a IA e como se adequar à ferramenta.

“Estas dinâmicas interligadas estão forçando os diretores a navegar num ambiente cada vez mais imprevisível, repleto de exigências conflitantes e muitas vezes politicamente carregadas. Ao mesmo tempo, os diretores devem gerir as exigências frequentemente conflitantes de diversas partes interessadas – incluindo ativistas – num mundo cada vez mais polarizado”, destaca o relatório.

“Nossa pesquisa esclarece o trabalho árduo das diretorias sobre essas questões.”

A pesquisa foi realizada com 444 diretores e executivos do mundo, incluindo a realização de 12 mesas redondas com mais de 130 diretores da América do Norte, Europa, Sudeste Asiático, África e América do Sul.

Neste ano, as consultorias destacam a melhoria na percepção dos tomadores de decisões sobre a postura de suas respectivas firmas quanto à pauta de sustentabilidade. 82% dos respondentes concordam que as companhias em que trabalham tem conhecimento claro para lidar com o assunto.

Olhando discriminadamente por setor, nota-se como as firmas de energia e utilidade — por conta do efeito da transição energética em suas atividades — tem maior compreensão sobre sustentabilidade: 90% dos executivos da área acreditam que suas firmas sabem lidar com o clima e o meio ambiente.

“Nosso trabalho revela que as lições aprendidas pelos conselhos de direção ao abordar questões de sustentabilidade os estão ajudando a evoluir em direção a um novo modelo de governança”, avalia o relatório.

A pesquisa aponta que as firmas têm buscado maior dinamismo ao lidar com essas questões, olhando para o futuro e buscando formular ações de precaução para ter maior adaptabilidade.

“Você deve continuar a aceitar as incertezas; a controlabilidade não existe. Isto exige resiliência das pessoas e das firmas — e isso é muito mais essencial do que quaisquer ações específicas”, respondeu um dos executivos à pesquisa.

Dentre as estratégias mais adotadas pelas firmas estão aquelas ligadas a investimentos. 69% dos executivos apontaram que adotam ao menos investimentos de longo prazo em tecnologia ou alocação de recursos flexíveis.

Por conta da complexidade que os problemas vão ganhando, o relatório aponta que o cenário firmarial, além de mais desafiador, coloca os diretores em posição de valorizar seus trabalhos.

“À medida que as questões se tornam mais complexas, o bom senso comercial e o caráter pessoal tornam-se tão importantes quanto o profundo conhecimento firmarial”, pontua a nota de consultoria.

Mas uma pedra no sapato dos empresários é a IA generativa, a qual menos da metade das firmas apontam estarem preparadas, e apenas 37% dizem saber como aproveitar o recurso para ganhar competitividade.

Não obstante, 18% dos respondentes disseram que não sabem os planos de suas firmas para a tecnologia.

“Detectamos alguns sinais de alerta. Embora a maioria dos diretores consiga descrever as medidas que a sua firma está tomando para adotar a IA generativa, um total de 18% não sabe quais as medidas que a firma está buscando para se adaptar. Os conselhos de administração poderão tornar-se mais informados sobre estas questões mais recentes ao longo do tempo se procurarem informações da mesma forma que o fazem sobre a sustentabilidade”, destaca o relatório.

“Por exemplo, em 2023, descobrimos que os conselhos dependiam de uma variedade de fontes internas e externas de informação e, em geral, queriam mais informações de fontes externas para se manterem bem informados e adquirirem alfabetização.”

Este conteúdo foi originalmente publicado em firmas avançaram com sustentabilidade, mas enfrentam desafios para compreender IA, diz relatório no site CNN Brasil.

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Autor: joaonakamura

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