Moedas Globais: dólar recua puxado pela divulgação de dados dos EUA
O dólar operou em baixa nesta quarta-feira (27) ante rivais, recuando na sequência da publicação de indicadores da economia americana. Um destaque é o iene, que se valorizou mais de 1% ante a moeda americana, e que vem de uma recuperação apoiada pelas perspectivas de um novo eventual aperto monetário pelo Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês). Por outro lado, o rublo russo ampliou suas perdas recentes, chegando nos menores níveis desde as primeiras semanas da guerra da Ucrânia, enquanto o conflito ganha novos contornos.
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O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em queda de 0,90%, a 106,046 pontos. Perto do fechamento de Nova York, o dólar recuava a 151,13 ienes, o euro subia a US$ 1,0567 e a libra avançava a US$ 1,2677.
Nos Estados Unidos, o índice de preços de gastos com consumo (PCE), medida preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), subiu em linha com a expectativa do mercado em outubro. Também ficou dentro do esperado o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre. Já os gastos com consumo e a renda pessoal avançaram além do esperado.
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Depois das publicações, a High Frequency Economics (HFE), observou que “a economia ainda está crescendo bem, desacelerando quase imperceptivelmente em relação ao segundo trimestre, impulsionada pelos gastos do consumidor”.
Para o BBH, os resultados eleitorais turbinado esta movimentação do dólar, mas a forte história fundamental dos EUA continua a favorecer rendimentos mais elevados dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) e um dólar mais elevado. As políticas que o novo secretário do Tesouro, Scott Bessent, estão dando prioridade esta narrativa e não a inviabilizarão, avalia. O banco notou o avanço do iene, mas acredita que é improvável que a moeda seja negociada abaixo de um dólar a 150 ienes durante um período de tempo significativo, dados os diferenciais de taxas de juro ainda amplos que continuam a favorecer o dólar.
No caso da libra, o ING avalia que a moeda está menos suscetível às medidas de Trump que outras, como o euro, uma vez que o Reino Unido está menos exposto do lado comercial. Além disso, o banco holandês lembra que Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) ainda não abandonou a sua preocupação com a inflação no final do ciclo. O economista-chefe do BoE, Huw Pill, foi ontem o mais recente membro do conselho a citar o foco contínuo na inflação dos serviços.
No caso do rublo, a moeda caiu mais de 7%, com o dólar passando de ser cotada a 113,1512, de cerca de 105 rublos no fim da tarde de ontem.
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Autor: Estadão Conteúdo