A EcoRodovias sagrou-se vencedora do último grande leilão de rodovia deste ano, o projeto Nova Raposo, que reúne a Raposo Tavares e outras duas rodovias de São Paulo, por R$ 2,19 bilhões. A EcoRodovias desbancou a CCR, atual administradora do ativo, que ofereceu menos da metade do valor da concorrente (R$ 1,04 bilhão) – a segunda colocada no certame foi o consórcio EPR, que reúne a Equipav com a gestora Perfin, que ofereceu R$ 1,17 bilhão.
A EcoRodovias, conhecida pela gestão das rodovias que ligam a capital de São Paulo ao litoral do Estado, incorporou um novo ativo em seu portfólio e enfraquece sua concorrente CCR. As duas companhias enfrentaram uma disputa acirrada no mês passado pela Rota Sorocabana. Na ocasião, a vitória ficou com a CCR.
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A EcoRodovias volta a levar uma concessão após mais de dois anos sem atualizar seu portfólio de ativos. Após um ciclo grandes investimentos de 2020 até 2022, a firma priorizou a gestão de seu endividamento com a disparada dos juros (que saíram 2% para 13,75% ao ano).
“É um ativo importante, a gente estudou muito bem”, afirmou o presidente-executivo da Ecorodovias, Marcello Guidotti, em declaração após o leilão na B3. “Estamos comprometidos, queremos realmente fazer a diferença… Estamos seguros do nosso lance, estamos seguros dos estudos e vamos em frente”, completou.
Com a vitória na Nova Raposo, a EcoRodovias irá administrar 1,8 mil km de rodovias estaduais por 30 anos. A companhia se comprometeu a investir R$ 8 bilhões em obras de melhoria. As rodovias incluem os primeiros quilômetros da Raposo Tavares, ligando São Paulo a Cotia (SP), e da Castello Branco, conectando São Paulo a Barueri (SP), além de trechos entre as cidades de Cotia e Embu.
O projeto prevê investimentos em duplicação; implantação de faixas adicionais; vias marginais; novos dispositivos; adequação de obras de artes especiais; novas passarelas; e pontos de ônibus. Segundo a CCR, o sistema Castello-Raposo é a principal ligação entre a capital e o oeste paulista, por onde passam diariamente cerca de 720 mil veículos.
Com informações da Reuters
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Autor: Rikardy Tooge
