Como transformar o 13º salário em renda passiva no futuro
Existem muitas formas de investir o 13º salário para garantir renda passiva no futuro. Os planos de previdência PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) muitas vezes são vistos apenas como fundos de investimento, mas a melhor forma de entendê-los é como contas de investimento previdenciário. “Isso porque eles permitem diversificação em diferentes classes de ativos”, destaca Luiz Fernando Araújo, diretor de Investimentos da Finacap.
Em outras palavras, é possível montar uma carteira diversificada com diferentes tipos de investimentos em renda fixa, multimercado, crédito privado e ações, aproveitando as vantagens exclusivas. Em termos tributários, são uma das formas mais eficientes de acumular patrimônio, combinando benefícios fiscais e flexibilidade na escolha de estratégias de investimento ao longo do tempo.
São mais de 2 mil opções de fundos de previdência
O mercado oferece mais de 2 mil fundos de previdência. Na Warren, por exemplo, o fundo carro-chefe entrega 120% do CDI, sendo uma opção atrativa para investidores que buscam um retorno mais seguro. Há também produtos que performam entre 80% e 120% do CDI, dependendo do perfil de risco, com uma concentração maior em ativos não vinculados ao governo.
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O especialista da Warren, Danilo Carrilho explica que no Brasil a alta taxa de juros favorece a renda fixa, mas a relação risco-retorno deve ser analisada. Muitas vezes, produtos conservadores superam investimentos mais voláteis em determinados períodos, como em cenários de juros elevados. O investidor, por outro lado, pode se beneficiar da portabilidade dos planos de previdência, que permitem ajustes conforme o mercado e os objetivos do investidor ao longo do tempo.
Na renda variável, a Finacap possui um plano de previdência focado em ações. O produto replica a estratégia do fundo de ações principal da casa, mas adaptado às regras específicas de previdência, que limitam a alocação máxima em ações a 70%. O restante da carteira é composto por títulos públicos e outros ativos de renda fixa. “Desde o lançamento em 2019, o fundo acumula rentabilidade de 58%, superando o benchmark, que combina 70% do Ibovespa e 30% do CDI, que tem um retorno médio de 37%”, diz Luiz Fernando.
Diversificando a carteira com liquidez
É importante ter em mente que um plano de previdência é um veículo de longo prazo, projetado especialmente para a aposentadoria, por isso oferece vantagens únicas, como benefícios tributários e facilidade na sucessão patrimonial.
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Isso não significa que outros investimentos, como ações e FIIs, sejam inadequados pensando no longo prazo. Esses produtos também possuem vantagens próprias, como maior liquidez e, em alguns casos, maior potencial de rentabilidade. “O ideal é ter uma carteira previdenciária com aportes regulares, integrada a um planejamento diversificado de longo prazo”, diz Guilherme Almeida, especialista em educação financeira e economista da Suno.
A composição da carteira de previdência depende do perfil do investidor. O investidor conservador ou que está próximo de se aposentar deveria focar em ativos mais seguros e aportes maiores para consolidar sua estrutura previdenciária. O mais jovens e arrojados, podem assumir mais riscos, com maior exposição a ativos de renda variável, aproveitando o tempo a favor para lidar com eventuais volatilidades e maximizar os efeitos dos juros compostos.
“Em um horizonte de 25 anos ou mais, o longo prazo e os juros compostos trabalham a favor do investidor“, lembra o especialista da Suno. “Previdência e investimentos podem coexistir na mesma estratégia, aproveitando o melhor de cada um.”
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Autor: Leo Guimarães