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Dividendos da Copel (CPLE6) em 2025 vão de 3,4% a 8,8%, mas ganho real para o investidor depende de outro fator

A Copel (CPLE6) pode pagar entre 3,4% e 8,8% do seu valor de mercado em dividendos ao longo de 2025, estimam os analistas da Ágora Investimentos, BTG Pactual e UBS BB em relatórios obtidos nesta sexta-feira (29). O BTG Pactual é o mais pessimista, pois estima que o rendimento em dividendos da Copel deve ficar em 3,4%. Já a Ágora Investimentos se mostra como a casa mais otimista com a companhia de energia, visto que estima cerca de 8,8% em proventos.

Embora estime poucos dividendos, a equipe do BTG Pactual diz que as impressões geradas pela companhia após o investor day foram totalmente positivas. O investor day é um evento no qual a firma se reúne com investidores para falar sobre os planos da companhia para entregar a melhor rentabilidade para o acionista.

BTG comenta que vê como positivo o plano estratégico da Copel destacado em três fases. A primeira, abrangendo 2024 e 2025, deu prioridade à eficiência estrutural, com foco no negócio principal, em otimização de ativos, revisão da estrutura organizacional e transformação digital. A segunda fase, definida para 2025 e 2026, muda o foco para a excelência operacional, com destaque para fortalecimento da cultura de propriedade, eficiência de custos, negociação de energia, experiência do cliente, inovação, liderança regulatória e migração para o novo mercado.

“Finalmente, a terceira fase, abrangendo de 2026 a 2030, terá como alvo oportunidades de crescimento orgânico e inorgânico. À medida que a Copel avança para a segunda fase, este se tornou o ponto de atenção principal do evento. O CEO, Daniel Slaviero, enfatizou que a tese de investimento da Copel está se tornando mais fácil de entender e menos arriscada, refletindo a estratégia em evolução da firma”, dizem Antonio Junqueira, Gisele Gushiken e Maria Resende, que assinam o relatório do BTG.

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O banco comenta ainda que está otimista com o fato de a firma assumir uma política de pagamento de 50% do seu lucro em dividendos (payout). No entanto, os cálculos da equipe do BTG mostram que a ação não vale tanto a pena se o objetivo do investidor for ganhar com os proventos. Eles calculam que os dividendos da Copel devem ficar em cerca de 3,4% do valor de mercado da firma.

Já o retorno da ação na possibilidade de alta do ativo se mostra como a grande vantagem do investidor. Desse modo, o BTG tem recomendação de compra para a Copel com preço-alvo de R$ 15,60 para os próximos 12 meses, uma potencial alta de 60,65% na comparação com o fechamento de quinta-feira (28), quando a ação encerrou o pregão a R$ 9,71. Ou seja, o BTG recomenda a compra pela possibilidade de alta de mais de 60% que a firma oferece, visto que os dividendos não chegam nem a 4%.

A visão otimista para os dividendos da Copel

Por outro lado, a Ágora Investimentos vê uma possibilidade muito maior para o dividend yield da Copel (rendimento em dividendos). Os analistas calculam que a companhia deve entregar uma rentabilidade de 8,8% em proventos em 2025. No relatório mais recente disponível no site da corretora, os analistas comentam que a firma vem reportando bons resultados e a companhia elétrica tem uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 9,8%, tornando o papel atrativo.

Desse modo, a Ágora Investimentos mantém sua recomendação de compra com preço-alvo de R$ 12,50 para o fim de 2025, uma potencial alta de 28,7% na comparação com o fechamento de quinta-feira (28), quando a ação encerrou o pregão a R$ 9,71.

O UBS BB, por sua vez, também recomenda compra com preço-alvo de R$ 13 para os próximos 12 meses, uma possível alta de 33,88% em relação ao fechamento de quinta. A equipe do banco estima que os dividendos da Copel devem ficar em 8% do valor da ação da firma. Eles lembram que a companhia anunciou R$ 600 milhões em dividendos extraordinários, além de uma recompra de ações, tornando o papel cada vez mais atrativo.

“A divulgação foi altamente interessante, pois se traduz em um rendimento de dividendos de 2,2% (com base no fechamento desta segunda-feira) e não considera a venda da Compagas e da UEGA, uma usina termelétrica a gás natural”, explicam Giuliano Ajeje, Gustavo Cunha e Henrique Simões, que assinam o relatório do UBS BB.

Ou seja, a recomendação dos três analistas é de compra para Copel (CPLE6), seja pela chance de alta de mais de 60% estimada pelo BTG seja pela possibilidade de dividendos próximo ou acima de 8%, como estimam UBS BB e Ágora Investimentos, entregando um retorno total de próximo dos 40% ao investidor.

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Autor: Bruno Andrade

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