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Azeite ‘rouba a cena’ como objeto de desejo na Black Friday 2024; entenda

Azeites Gallo, Terras de Camões e Andorinha ganharam promoção na Black Friday. Foto: Divulgação

Não foi a TV nem o smartphone: o grande astro da Black Friday de 2024 é levemente esverdeado, remete à essência da culinária portuguesa e espanhola e combina com quase qualquer receita: o azeite de oliva.

Com um preço salgado para o bolso da maioria dos brasileiros por causa de uma série de problemas na produção nos últimos anos, o azeite virou item cobiçado pelos clientes nas promoções de Black Friday. De acordo com levantamento da consultoria Ebit Nielsen, entre 16 e 22 de novembro, o azeite foi o produto mais procurado.

Tudo começou com uma grande promoção do Magazine Luiza. O site do Magalu buscou liquidar seu estoque de azeite Gallo e colocou a garrafa de 500 ml, que custa mais de R$ 40 nos supermercados, por apenas R$ 9 no app da loja.

Já as marcas Terra de Camões e Andorinha lideravam na categoria extra virgem, no topo das vendas. Os preços variaram entre R$ 28,99 a R$ 75 por garrafa de 500 ml.

O levantamento aponta um crescimento de 31,5% na venda do produto em comparação ao mesmo período de 2023. Não apenas pela popularidade do azeite, mas também pelo preço do produto que disparou nos últimos 12 meses, acumulando uma alta de 50%.

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A crise do azeite

Homem com uma pilha de azeitonas nas mãos, recém-colhidas durante a colheita em um olival na Catalunha, Espanha
Pilha de azeitonas durante a colheita em olival na Catalunha, Espanha. Foto: Divulgação

Foram dois anos de colheitas ruins dos produtores de azeite em Portugal e na Espanha, que transformaram o produto em “ouro líquido,” com os preços atingindo níveis recordes. Os sinais de uma melhor colheita fizeram o preço do produto cair mais de 20% em relação aos picos acima de € 9.000 (R$ 54 mil) por tonelada.

Além disso, a alta do dólar, a guerra da Ucrânia e o fenômeno El Niño, que em 2022 e 2023 causou secas e altas temperaturas na Europa, impactando a safra de azeitonas e a própria cultura das oliveiras, que levam no mínimo dois anos para se recuperar de eventos climáticos extremos, ajudaram a afetar o preço do azeite.

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Autor: Paulo Guilherme Guri

Dinheiro Portal

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