Ações do Magalu (MGLU3) reagem e driblam frustração com pacote fiscal; veja anáilse e recomendação
As ações do Magazine Luiza (MGLU3) acumulam ganhos durante os primeiros dias de dezembro, enquanto o mercado ainda digere a frustração com pacote fiscal. Até o momento, os papéis da varejistas avançavam 4% com os papéis sendo negociados a R$ 9,41. Já o Ibovespa, principal índica da B3, opera com uma leve alta de 0,05%, ao 126.203 pontos.
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O fôlego das ações do Magalu pode refletir a boa notícia em torno das vendas durante a Black Friday. Segundo informações do Broadcast, a companhia vendeu mais de R$ 1,2 bilhão em produtos, registrando um crescimento no e-commerce, no marketplace e nas lojas físicas. “Esta foi a melhor Black Friday da história do Magalu, com crescimento de duplo dígito nas vendas”, afirmou o vice-presidente Comercial e de Operações da firma, Fabrício Garcia, sem revelar a porcentagem do crescimento.
A comparação foi com a mesma data de 2023. O bom desempenho durante o período sustentou a recomendação de compra da Genial Investimentos. Em relatório divulgado na terça-feira (3), a corretora destacou o aumento em torno de 16% do número de clientes que compraram no período promocional em comparação ao ano passado.
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“Observamos também que o crédito parece ter aumentado marginalmente durante a data, com o Cartão Luiza sendo destaque em parcelamentos, e marcando a primeira vez do CDC digital em uma Black Friday”, disseram os analistas Nina Mirazon e Iago Souza. Com essa performance, a Genial projeta uma valorizaçãode 82,60% das ações em comparação a cotação do pregão de terça-feira (3) ao estimar um preço-alvo de R$ 17.
O BB Investimentos possui a mesma perspectiva e mantém recomendação de compra para as ações da varejista com um preço-alvo para o fim de 2015 de R$ 20,30. Isso significa que a corretora enxerga um potencial de valorização em torno de 118%. “A estratégia da firma de manter foco em rentabilidade e lucratividade tem trazido bons resultados, consequência do robusto crescimento nas vendas de lojas físicas, que possuem melhores margens”, informou Andréa Aznar, analista do BB Investimentos, em relatório publicado em novembro deste ano.
Já Flávia Meireles, analista da Ágora Investimentos, possui uma recomendação neutra para o papel da varejista em virtude do riscal fiscal que vai tornar o ambiente doméstico mais desafiador para as varejistas. Na última semana, o governo apresentou um pacote de corte de gastos que prevê uma economia em torno de R$ 71 bilhões para os próximos dois anos. No entanto, o mercado avalia que as projeções são superestimadas e que as medidas não serão suficientes para resolver o problema das contas públicas. Veja os detalhes nesta reportagem.
Essa análise aumentou as projeções da taxa de juros e da inflação do País para os próximos meses. Segundo o boletim Focus, os membros do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), devem elevar mais uma vez a Selic na próxima semana, quando acontece a última reunião do ano, com um ajuste de 50 pontos-base. Caso essa projeção se concretize, a taxa básica de juros deve encerrar 2024 no patamar de 11,75%.
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“O Magalu é uma firma muito dependendente de crédito e uma alta da Selic deve pressionar as ações nos próximos meses. Isso pesa mais do que o bom desempenho na Black Friday”, diz Meireles. No acumulado do ano, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) apresentam uma depreciação de 56%. Já na abertura do pregão desta quarta-feira (4), os papéis avançam 1,40%, sendo negociados a R$ 9,42.
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Autor: Daniel Rocha