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Títulos com prazo maior que 5 anos tem pior desempenho da renda fixa em novembro

Os títulos de renda fixa de longo prazo apresentaram as maiores quedas de novembro, refletindo a preocupação do mercado com o risco fiscal. A avaliação é da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados monetário e de Capitais (Anbima), com base em índices próprios. O IMA-B 5+, índice que reflete as NTN-Bs (papéis indexados ao IPCA) com prazo acima de cinco anos, teve queda de 0,23% no mês. Foi o terceiro mês seguido que o indicador apresentou a maior queda mensal entre os índices da associação.

“O mês foi marcado pela reação do mercado aos anúncios do governo em relação ao pacote fiscal. Os preços dos ativos refletiram uma frustração inicial dos investidores em função dos desafios políticos que envolvem muitas das medidas anunciadas. Isso afetou principalmente os títulos de prazos mais longos, que são mais sensíveis às perspectivas do cenário econômico” comentou Marcelo Cidade, economista da Anbima.

No caso do IMA-B 5+, até o dia 27 de novembro o acumulado era uma alta de 0,17%, que foi revertida diante da perda após o anúncio das medidas do governo. Já a carteira de NTN-Bs de menor prazo, o IMA-B 5, de papéis com vencimento em até cinco anos, teve ganho mensal de 0,36%.

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O destaque dos títulos públicos foram as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) com duração de um dia útil, refletidas no IMA-S, que cresceram 0,83%. Entre os prefixados, o IRF-M 1 (que acompanha papéis com vencimento em até um ano) avançou 0,57%. Enquanto isso, a carteira mais longa, o IRF-M 1+ (prefixados acima de um ano), caiu 1,13% no mês.

No geral, o Índice de Mercado ANBIMA, carteira que reflete todos os títulos que compõem a dívida pública, apresentou rentabilidade de 0,32% em novembro.

Títulos corporativos

Os papéis corporativos de curto prazo tiveram melhor performance ante os de prazo mais longo. O IDA-DI, que contempla as debêntures remuneradas pela taxa diária DI com duração de um dia útil, foi o único que apresentou resultado positivo, com alta de 0,87%. Enquanto isso, o IDA IPCA infraestrutura, que reflete as debêntures incentivadas, registrou perda de 0,47%. Já o IDA IPCA ex-Infraestrutura, composto pelos papéis sem isenção fiscal, recuou 0,21% no período.

Em novembro, o IDA (Índice de Debêntures ANBIMA), que acompanha todas as debêntures marcadas a mercado, cresceu de 0,32%.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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