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Wise lança conta global para empresas no Brasil de olho em pequenos negócios

A Wise vai lançar no Brasil uma conta global voltada para pequenas firmas. A conta permitirá gerenciar transações em mais de 40 moedas, e terá um cartão de débito internacional com bandeira Visa. A firma quer alavancar a maior internacionalização que os pequenos negócios passaram a ter após a pandemia da covid-19, tanto comprando quanto vendendo produtos.

O diretor executivo da Wise no Brasil, Enio Almeida, afirma que a firma detectou que a maioria dos microempreendedores individuais, por exemplo, quer ter atividades no exterior em um horizonte de um ano, no caso dos que ainda não têm. Uma barreira é o preço alto ou a demora no processo de pagar e receber em moeda estrangeira. “Com base nesses dados, vimos que era uma grande oportunidade.

O público-alvo é relativamente amplo, abrangendo desde firmas em que o dono é o único empregado a negócios com dez funcionários. “O perfil de quem usa é o de profissional liberal que presta serviço para companhias de outros lugares do mundo, ou que eventualmente vende produtos e recebe em outra moeda”, diz o executivo.

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A mecânica do uso será semelhante à da conta para pessoas físicas, que a Wise oferece no País há seis anos. O produto ganhou a concorrência de fintechs e bancos tradicionais, que também passaram a oferecer contas em moedas estrangeiras de olho em quem viaja para o exterior, faz compras ou recebe dinheiro lá fora.

A conta permitirá às firmas emitir faturas em várias moedas. Além disso, terá funções como a de receber pagamentos em mais de 18 moedas de forma rápida. A Wise estima que até 95% dos pagamentos em moeda estrangeira caem na conta dos clientes em até 24 horas. Além disso, o produto permitirá gastar em 40 moedas e em mais de 150 países, converter moeda estrangeira para real no momento desejado e fazer transferências internacionais.

No mundo, a Wise tem 12,8 milhões de clientes. A base no Brasil não é informada, mas a firma chegou a 2 milhões de cartões emitidos no País, o que significa que dobrou a base em 12 meses. Cerca de 30% dos clientes que têm a conta de pessoa física no País também possuem firmas, o que indica que há espaço para que o novo produto cresça inclusive na própria base.

“O que estamos oferecendo agora é a oportunidade para as pessoas internacionalizarem seus negócios de forma rápida e barata”, diz Almeida. Os próximos passos da firma no Brasil devem manter o foco nas contas globais, tanto de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas.

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De acordo com Almeida, a licença de instituição de pagamento, concedida à Wise pelo Banco Central em setembro, permitirá uma conexão direta ao regulador, ampliando o leque de produtos que a companhia poderá oferecer. “Poderemos dar detalhes da conta em real, por exemplo, a médio e longo prazo, e fazer Pix com chave, algo que sem licença não conseguíamos”, diz ele.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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