O bitcoin (BTC) rompeu a barreira dos US$ 100 mil na madrugada desta quinta-feira (5). Por volta das 7h (Horário de Brasília), a maior criptomoeda em valor de mercado subiu 4,17%, sendo negociada a US$ 102,8 mil. Desde a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, o ativo tem renovado a cada dia seus recordes e atraindo os holofotes do mercado para o setor de criptomoedas.
O gatilho para uma nova guinada no ativo digital foi o anúncio do novo presidente da da Securities and Exchange Commission (SEC) – órgão dos Estados Unidos equivalente à Comissão de Valores Mobiliários brasileira. Na tarde de ontem, o presidente eleito Donald Trump comunicou a indicação do empresário Paul Atking para a presidência da agência reguladora. Vale lembrar que, no fim de novembro, Gary Gensler, atual presidente da SEC, anunciou que vai deixar o cargo no dia 20 de janeiro. A movimentação já era prevista, mas endossou a expectativas do setor para um ambiente mais flexível para o setor de criptomoedas.
“Ao ultrapassar agora a marca histórica de 100 mil dólares, o btc não apenas rompeu barreiras emocionais e resistências de preço, mas também reafirmou seu status como um dos ativos mais relevantes do mercado monetário”, afirma Bárbara Espir, country manager da Bitso no Brasil. A continuidade desse desempenho mostra que a demanda pelo ativo digital permanece aquecida no mercado, mesmo com as recentes movimentações de realização de lucro. Em novembro, os ETFs de bitcoin à vista atraíram um fluxo de capital mais de US$ 7,5 bilhões, segundo informações da Sosovalue, plataforma de dados de criptomoedas.
Os números mostram que os investidores continuam comprando e realizando poucos lucros no ativo digital. O apetite a risco pelo BTC mostra uma reprecificação do mercado após a vitória do republicano expressiva nas urnas e com influência elevada no Congresso.”Isso significa que ele tem caminho aberto para propor quaisquer legislações que desejar, o que provavelmente será muito positivo para o ecossistema cripto e do Bitcoin”, avalia Caio Leta, head of content and Research Bipa. No acumulado do ano, o bitcoin em dólar avança 132,72%.
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Autor: Daniel Rocha
